Em mais uma sessão bizarra e enfadonha da CPI da Covid, dessa vez com a ‘ilustre’ presença de Mayra Pinheiro, Secretária do Ministério da Saúde e também conhecida como Capitã Cloroquina, o maldito “tratamento precoce”, uma obra de ficção mortal inventada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, foi mais uma vez o centro das atenções e de discussões inúteis.

Não há país sério – ou mais bananeiro que o Brasil – em todo o mundo que ainda perca tempo discutindo essa crendice. É mais fácil uma ‘garrafada’ curandeira de camelô ser melhor do que a combinação de cloroquina e ivermectina no combate ao coronavírus, pois ao menos não matará ninguém. É chocante que o desejo de fuga da realidade transforme pessoas, em tese, capacitadas, em simples idiotas.

Aliás, o amigão do Queiroz tem essa característica; ele emburrece as pessoas à sua volta – obviamente aquelas não tão ignorantes quanto ele mesmo. Apesar de raros os exemplos, como a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e o ex-Posto Ipiranga, Paulo Guedes (pessoas muito mais preparadas e inteligentes), é nítido o rebaixamento intelectual a que se submetem diante da companhia do ignóbil Jair.

O uso da cloroquina como tratamento da Covid foi uma invenção de um cientista maluco francês que já se desculpou pelo erro. Em seguida foi a vez de o laboratório Merck, o criador da droga, também confirmar a ineficácia do medicamento. Todas as agências de saúde das maiores economias do mundo ratificaram a informação. Apenas o Brasil, ou melhor, alguns cretinos brasileiros insistem nesta pajelança.