ROMA, 3 MAI (ANSA) – A máquina organizacional no Vaticano segue a todo vapor tendo em vista o conclave que começará em 7 de maio. Atualmente, dezenas de trabalhadores, entre eles carpinteiros, ferreiros, montadores e floristas, estão colocando a mão na massa para deixar tudo pronto para a aguardada assembleia.
De acordo com o engenheiro Silvio Screpanti, vice-diretor do departamento de Infraestrutura e Serviços da Governadoria, há 40 trabalhadores internos envolvidos no processo de organização e 20 funcionários disponibilizados por empresas externas.
“Mais de 10 técnicos estão envolvidos no planejamento, supervisão das obras e coordenação da segurança dos trabalhadores, enquanto a equipe administrativa contabiliza os custos e gerencia as ordens de compra”, diz Screpanti em entrevista ao site oficial do Vaticano.
“Durante o evento estarão presentes cinco eletricistas e ascensoristas, cinco técnicos de aquecimento e encanamento e dois floristas, que farão o juramento e estarão em serviço em tempo integral, passando a noite no Vaticano, sem poder ter contato com suas famílias”, acrescentou.
Entre as atividades destes trabalhadores estão a “limpeza, revisão pictórica e do sistema e limpeza extraordinária dos alojamentos atribuídos aos cardeais eleitores e ao pessoal de apoio”.
“Vão ser garantidas o isolamento dos participantes por meio de divisórias, portas temporárias e fechamento temporário de algumas janelas nos edifícios”, declarou o engenheiro.
No dia anterior ao início da votação, a equipe da direção fornecerá apoio à afixação dos quase 80 selos de chumbo em todos os acessos ao perímetro do conclave. Enquanto isso, os responsáveis pelas flores vão preparar todos os arranjos para a janela do Salão das Bênçãos, de onde o próximo papa observará a multidão.
Dentro da Capela Sistina, no espaço de “apenas uma semana, todos os sistemas tecnológicos foram limpos e um piso flutuante foi colocado para regularizar as alturas do local e permitir a instalação dos móveis necessários ao cerimonial”. Nada é deixado ao acaso, até mesmo uma possível falha no fogão a lenha localizado no interior da Capela.
“Os mestres de cerimônias foram treinados para usar o fogão corretamente, e todos os testes de fumaça foram realizados discretamente. De qualquer forma, um de nossos técnicos especialistas, trancado no conclave, permanecerá durante toda a votação em uma pequena sala perto da Capela Sistina, com um controle remoto do fogão, pronto para intervir em caso de necessidade, para que nenhum imprevisto atrapalhe a famosa e tão esperada fumaça branca”, tranquiliza Screpanti. (ANSA).