Por Luc Cohen

NOVA YORK (Reuters) – O cantor de R&B vencedor de vários discos de platina R. Kelly foi sentenciado, nesta quarta-feira, a 30 anos de prisão, após ser condenado por explorar seu estrelato e riqueza durante décadas para atrair mulheres e meninas menores de idade à sua órbita para praticar sexo.

A sentença foi imposta pela juíza federal Ann Donnelly em um tribunal do Brooklyn, em Nova York.

Kelly, de 55 anos, fora condenado em setembro após um julgamento de cinco semanas e meia que amplificou as acusações que afetam o cantor do hit vencedor do Grammy “I Believe I Can Fly” desde o início dos anos 2000.

Kelly, cujo nome verdadeiro é Robert Sylvester Kelly, está entre as pessoas mais proeminentes condenadas por mau comportamento sexual durante o movimento #MeToo contra este tipo de conduta. Ele negou repetidamente as acusações de abuso sexual.

Várias mulheres que deram depoimento contra Kelly durante o julgamento falaram nesta quarta-feira sobre como ele havia prometido ser um mentor para elas e ajudá-las a alcançar o estrelato, mas acabaram sendo submetidas a tratamento sexual degradante e danos físicos. Muitas disseram que o abuso levou a problemas de saúde mental que ainda persistem.

“Como adolescente, eu não sabia como dizer não a R. Kelly quando ele me pedia para fazer sexo oral”, disse uma mulher, identificada com o pseudônimo Jane Doe número 2.

Kelly está preso desde julho de 2019. Ele provavelmente será transferido em breve para uma cadeia em Chicago, onde ele será julgado em agosto em um tribunal federal por acusações de pornografia infantil e obstrução de Justiça. Ele também é alvo de várias denúncias estaduais em Illinois e Minnesota.

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