Em entrevista ao O Globo, o cantor Fagner criticou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e a forma como o governante vem se comportando no cargo.

Questionado sobre como está vendo o governo Bolsonaro, o cantor disparou: “A atuação do Bolsonaro é ridícula. Ninguém está precisando ouvir as loucuras que ele fala, mas de paz. Ele tem é que trabalhar pelo Brasil. A maneira como se comporta não é a de um presidente. Quero que governe! Nunca fui petista. Mas já votei em Lula. Mesmo quando eu era filiado ao PSDB. Tivemos uma relação próxima. Mas todos nós nos decepcionamos”.

Fagner também falou sobre como conheceu Jair e o que disse ao presidente quando derrotou o petista Fernando Haddad nas eleições. “Nas últimas eleições, amigos me estamparam decalques do Haddad e foi uma confusão. Aí fiz um vídeo declarando meu apoio a Bolsonaro. Conheci ele no avião. Se fotografou comigo dizendo que era para a mulher, mas publicou no Instagram. Fiquei meio assim… Ele queria que eu descesse com ele em uma manifestação que o esperava. Falei que estava comprometido com o Ciro Gomes. No dia que Bolsonaro ganhou, eu disse: “Agora, você é o presidente, tome conta do Brasil”. Nunca mais estive com ele. Cantei o Hino Nacional na posse do (Luiz) Fux (Supremo Tribunal Federal), e Bolsonaro mal olhou para mim. Estou pouco ligando”, relembrou ele.

O cantor finalizou as críticas dizendo que não aprova a forma como Bolsonaro comanda o Brasil. “Não aprovo a maneira como ele conduz o país. Parece que está em surto, um psicólogo podia dar uma força (risos). Tenho respeito pelo Tarcísio (Gomes de Freitas), ministro da Infraestrutura; para Paulo Guedes, não há como não tirar o chapéu. Mas esse deboche com que Bolsonaro se dirige à nação é inadmissível. Não acredito no que diz. Tenho amigos nessas queimadas pelo Brasil, gente na Defesa Civil de Brumadinho, Mariana… Para quem coloca “votou em Bolsonaro” no meu Instagram, quero dizer: votei para que tocasse o Brasil, não para falar besteira”, finalizou ele.