A canonização do primeiro santo millennial, Carlo Acutis, foi adiada por conta da morte do papa Francisco nesta segunda-feira, 21, anunciou o Vaticano.
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Acutis, também chamado de “santo da internet”, seria canonizado no próximo domingo, 27, na Praça de São Pedro, por ocasião da celebração do Jubileu dos Adolescentes.
Nos meses que antecederam a esperada canonização, fiéis têm peregrinado para Assis, na Itália, onde seu corpo – vestido com tênis, jeans e moletom – repousa em um santuário. Ele tinha 15 anos quando morreu no norte da Itália, em 2006, após um curto período com leucemia.
Seu caminho rumo à santidade, o processo de canonização, começou há mais de dez anos por iniciativa de um grupo de padres e amigos, e ganhou força pouco depois do início do pontificado do papa Francisco, em 2013.
Acutis foi declarado “venerável” em 2018, após a Igreja reconhecer sua vida virtuosa, e seu corpo foi levado ao Santuário do Despojamento, em Assis – um importante local associado à vida de São Francisco.
Ele foi declarado “beato” em 2020, depois que o Dicastério do Vaticano responsável pelos processos de canonização reconheceu uma cura milagrosa atribuída à sua intercessão – a recuperação de uma criança no Brasil de maneira “cientificamente inexplicável”.
No ano passado, a Igreja abriu caminho para sua canonização ao atribuir-lhe um segundo milagre – a cura completa de uma estudante costarriquenha na Itália, vítima de um grave traumatismo craniano em um acidente de bicicleta, depois que sua mãe rezou no túmulo de Acutis.
Acutis usou sua habilidade com computadores para criar uma exposição online sobre mais de 100 milagres eucarísticos reconhecidos pela Igreja ao longo dos séculos, com foco na presença real de Cristo que os católicos acreditam estar no pão e vinho consagrados. Ele também ensinava catecismo e fazia trabalho de caridade com pessoas em situação de rua.
A missa para adolescentes, que deve atrair dezenas de milhares de fiéis, seguirá como planejado. Ela faz parte das celebrações do Ano Santo iniciadas por Francisco em dezembro, que, segundo o Vaticano, continuarão, embora com algumas modificações.