Nas eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, os candidatos republicanos vão aceitar os resultados independentemente de ganharem ou perderem, garantiu a presidente do partido neste domingo (6). Apoiadores de Donald Trump ainda negam o resultado das eleições presidenciais de 2020.

Ronna McDaniel também afirmou estar confiante no “bom impulso” dos republicanos para recuperar o controle do Senado e da Câmara dos Representantes na votação de terça-feira, o que prejudicaria bastante a agenda do presidente democrata Joe Biden na segunda metade de seu mandato.

Por dois anos, os democratas tiveram uma estreita maioria na câmara baixa e um único voto majoritário na câmara alta, o da vice-presidente Kamala Harris.

Os candidatos republicanos a ambas as câmaras em Washington, assim como a cargos estaduais e locais, “querem ter certeza de que a corrida é justa e transparente, deixar o processo acontecer e então aceitaremos os resultados”, disse McDaniel à CNN.

O ex-presidente Trump, que ainda não admitiu sua derrota para Biden há dois anos, vem insistindo em teorias da conspiração no período que antecede essas eleições.

Centenas de republicanos que disputam cargos em 8 de novembro endossaram as alegações de fraude infundadas de Trump em 2020, e vários também estão lançando dúvidas sobre o futuro resultado, em contraste com as declarações de McDaniel.

De acordo com analistas e o campo democrata, haveria cerca de 300 candidatos republicanos prontos para contestar os resultados das eleições nacionais e locais na noite de terça-feira.

Dado o clima tenso, um juiz do Arizona recentemente colocou limites aos autoproclamados monitores eleitorais que apareceram perto das urnas portando armas.

Questionada sobre o apoio de seu partido a essas pessoas, McDaniel disse que “ninguém deve intimidar os eleitores” e pediu aos observadores que “não infrinjam a lei”. Mas também apontou que os observadores eleitorais não devem ser intimidados.

As pesquisas preveem uma clara vitória na Câmara dos Representantes para os republicanos, que também podem retomar o controle do Senado.