O debate da TV Globo desta quinta-feira (29), o último antes do primeiro turno das Eleições, no domingo (2), trouxe um formato de cinco blocos, mediado por William Bonner.

No primeiro e no terceiro blocos, os candidatos fizeram perguntas com temas livres, uns aos outros. Já no segundo e no quarto blocos, eles seguiram temas pré-determinados para as questões. O último bloco foi dedicado às considerações finais de cada um deles.

Veja como cada um dos candidatos usou seu 1m30s de considerações finais.

Lula

O candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destinou seu tempo nas considerações finais no debate da Globo para ressaltar as conquistas sociais de seus governos, sem fazer qualquer apelo ao voto útil que possa liquidar a eleição em primeiro turno.

“Eu queria dizer que tem três, quatro tipos de propostas diferentes: aquele que tem a vida provada nesse país e que tem resultado, as pessoas sabem o que aconteceu nesse país; aqueles que fazem promessas; e aquele que está governando”, declarou o petista.

Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, abriu suas considerações citando a frase que vem usando em sua campanha: “Deus, pátria, família e liberdade”.

Bolsonaro focou seu discurso em reforçar pautas conservadoras e em dizer que em seu governo não há corrupção. “Temos um governo que respeita a todos, que está rompendo quatro anos sem corrupção, que respeita a família brasileira, que diz não ao aborto, que respeita as crianças em sala de aula, não a ideologia de gênero”, disse o presidente, que finalizou com outra frase de sua campanha: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

Ciro Gomes

Ciro Gomes (PDT) focou suas considerações finais em se colocar como antagonista tanto de Lula quanto de Bolsonaro, e de se declarar como o candidato que quer reconciliar o Brasil.

“Não deixe o sistema entrar na sua cabeça. Eles montam uma máquina de propaganda”, argumentou Ciro. “Imagina que lindo fazermos história”, acrescentou.

Simone Tebet

A candidata do MBD, Simone Tebet, criticou a polarização entre os dois candidatos que lideram as pesquisas, Lula e Bolsonaro, e disse que qualquer um dos dois que vencer, o outro não deixará governar.

“Serão mais quatro anos assim, sem resolver os seus problemas, porque um não vai deixar o outro governar se perder eleição”, afirmou. Tebet pediu aos eleitores que façam uma reflexão se a escolha do futuro presidente tem que ser pelo “menos pior” ou pelo coração. “O futuro do Brasil depende de você e está na sua mão”, enfatizou.

Felipe D’Ávila

Felipe D’Avila (Novo) disse ser uma tristeza terminar o encontro e “ver essa baixaria de sempre”. Ele afirmou que o Brasil “não vai sair desse atoleiro se nós elegermos esses governos que colocaram a gente nesse buraco”.

O candidato disse ainda que, de um lado, tem o ex-presidente envolvido em corrupção – ao se referir a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e, de outro lado, “o nome que ressuscitou o PT” – ao se referir ao presidente Jair Bolsonaro (PL).

Soraya Thronicke

Soraya Thronicke (União Brasil) aproveitou seu tempo nas considerações finais para citar a pobreza do país, usando como exemplo uma foto de uma criança olhando da rua uma família se alimentando em um restaurante.

“Essa foto mostra uma criança pobre olhando da calçada uma família em um restaurante. Aquilo me chocou e é o que eu tenho visto pelo país. Não adianta candidatos falarem e falarem números que não existem, e a gente ver outra realidade nas ruas”, disse Soraya.

Padre Kelmon

O candidato do PDT, Padre Kelmon, que por diversas vezes desrespeitou as regras do debate e chegou a ter sua atenção chamada pelo mediador William Bonner, disse que foi tratado com “ódio”.

“Vocês viram como me trataram aqui, com tanto ódio. Observem o tamanho do ódio que eles preparam para os padres na América Latina”, disse.