TEGUCIGALPA, 9 DEZ (ANSA) – O candidato de centro à presidência de Honduras, Salvador Nasralla, acusou nesta terça-feira (9) seu maior rival, o conservador Nasry Asfura, de “roubo” de votos, pedindo uma recontagem das cédulas eleitorais.
No início da semana, uma outra candidata ao cargo fez denúncia semelhante.
Nasralla fez a queixa após 99% dos votos apurados mostrarem uma pequena vantagem de Asfura, apoiado pelo mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump.
Segundo ele, “o sistema foi manipulado”, já que seu partido recebeu “20% mais votos reais” do que o de Asfura.
Em uma longa mensagem no X, Nasralla pediu uma “contagem voto a voto” das seções eleitorais onde, a seu ver, “o reconhecimento biométrico não foi utilizado e as cédulas foram preenchidas aleatoriamente”.
No domingo (7), a também candidata presidencial Rixi Moncada, do partido de esquerda Liberdade e Refundação, também denunciou fraudes e acusou os EUA de interferir no pleito hondurenho. Ela disse que não irá reconhecer os resultados da votação ocorrida em 30 de novembro.
Asfura, por outro lado, parece confiante na vitória e tem limitado suas aparições públicas.
De acordo com os últimos resultados preliminares, o candidato apoiado por Trump recebeu 40,53% dos votos, contra 39,16% de Nasralla, uma margem de 43.766 votos. Moncada aparece bem atrás, com 19,32%.
No entanto, a contagem das cédulas ainda não está concluída, já que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) precisa verificar pelo menos 2.749 relatórios de votos contestados por supostas “inconsistências”, o que representa 14,5% do total de votos válidos.
A Justiça eleitoral hondurenha tem até 30 de dezembro para anunciar o vencedor da disputa ao cargo presidencial.
Desde 2022, o país é governado pela esquerdista Xiomara Castro, do mesmo partido de Moncada. (ANSA).