Guilherme Amado Coluna

Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Candidato do PT de Duque de Caxias afirma ter sofrido ameaça em debate do partido

O candidato criticava filiações em massa em debate com candidata do grupo de Washington Quaquá

Reprodução/Arquivo Pessoal
Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal

Candidato a presidente do diretório de Duque de Caxias, no Rio, Bruno Leonardo afirmou à polícia, nesta sexta-feira, 6, ter sofrido ameaça de morte de um filiado do partido. Ele participava, na quinta-feira à noite, de um debate das eleições internas da legenda num local chamado “Comitê de Luta”.

Bruno Leonardo, da tendência CNB (Construindo um novo Brasil), respondia a uma pergunta feita pela candidata Ruth Alves, da CNB Favela, grupo político do prefeito de Maricá, Washington Quaquá.

A candidata perguntava sobre formação política e Bruno Leonardo respondeu que filiados sem formação política devem ser considerados garrafinhas. “No nosso jargão, garrafinha é aquele filiado a toque de caixa que é levado para votar”.

A fala gerou revolta entre a torcida levada pela candidata, que interrompeu a resposta de Leonardo. Na resposta seguinte, ele disse que custava a crer que houvesse um grupo político “oferecendo R$ 100 por filiado”.

A filiação em massa é uma crítica direta ao grupo de Quaquá. O PT tem hoje no estado 320,7 mil filiados aptos a votarem na eleição. Oitenta mil desse total foram filiados entre novembro de 2024 e fevereiro deste ano, segundo Bruno Leonardo, em grande maioria por Quaquá e seu grupo.

Ao deixar o debate, um filiado foi tirar satisfação com o candidato da CNB, que não tinha citado nomes nem mencionado nenhum adversário.  O filiado teria dito, com agressividade, segundo o boletim de ocorrência: “você vai cair, você vai cair”.

Para Bruno Leonardo, esse “você vai cair” seria uma ameaça de morte porque, segundo ele, “cair”, na linguagem local, seria morrer.

Sobre o grande número de filiações, Quaquá diz que trabalha no Rio para que o PT se aproxime das favelas e comunidades para que o partido, segundo ele, volte a ser um partido de massas.

Leia mais em PlatôBR