O assessor econômico do presidente Donald Trump, nomeado para ocupar um cargo de governador no Federal Reserve, Stephen Miran, comprometeu-se a respeitar a independência do banco central americano (Fed) caso seja ratificado, em uma audiência de confirmação nesta quinta-feira (4) no Senado.
Se Miran for designado para ocupar um cargo no Fed, ele poderá participar da próxima reunião nos dias 16 e 17 de setembro para fixar as taxas de juros que Trump insiste em pedir para serem reduzidas.
“O Comitê Federal de Mercado Aberto é um grupo independente com uma tarefa monumental, e estou decidido a preservar sua independência”, declarou Miran diante dos senadores.
Miran, que dirige o conselho de assessores econômicos da Casa Branca, apontou que a missão mais importante de um banco central é evitar cair em depressão econômica ou hiperinflação.
“A independência da política monetária é um elemento-chave para alcançar isso”, disse.
Miran pode ocupar a vaga deixada por Adriana Kugler, nomeada durante a presidência do democrata Joe Biden e que renunciou recentemente.
A decisão de Trump de nomear seu assessor econômico colocou a oposição democrata em alerta, temendo que ele ceda às pressões da Casa Branca.
Trump também tenta nesses dias revogar o mandato da governadora Lisa Cook, também designada durante a presidência de Biden.
Cook, a primeira mulher negra a integrar o Fed, recorreu à Justiça para permanecer em seu cargo.
Desde que assumiu o poder em janeiro, Trump tem criticado repetidamente o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, por não ter reduzido as taxas de juros antes, chamando-o de “idiota”.
Desde sua última redução em dezembro, o Fed manteve as taxas de juros em uma faixa entre 4,25% e 4,50%.
No entanto, Powell abriu a possibilidade de uma redução de taxas na próxima reunião de política monetária do banco neste mês.
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