TRENTO, 30 ABR (ANSA) – O candidato do partido de extrema direita Liga, o deputado Massimiliano Fedriga, foi eleito nesta segunda-feira (30) o novo governador da região de Friuli Veneza Giulia, no extremo-nordeste da Itália.   

Com 686 das urnas apuradas, de um total de 1369, o político já é considerado vencedor com 55,98% dos votos. Em segundo lugar, aparece o candidato de centro-esquerda Sergio Bolzonello, do Partido Democrático (PD), com 28,29%. Já Alessandro Fraleoni Morgera, postulante do Movimento 5 Estrelas (M5S), recebeu apenas 12,60% dos votos, enquanto Sérgio Cecotti obteve 3,13%.   

“Obrigado minha gente. Obrigado minha terra. Agora ao trabalho ouvindo e construindo”, escreveu Fedriga em sua conta no Twitter. Para ele é “preciso trabalhar com os pés firmemente plantados no chão, com a honra e também o fardo de ter que dar respostas fortes em relação à administração anterior”, disse o novo governador à ANSA. Atualmente, a região é governada por Debora Serracchiani, do centro-esquerdista PD, mas ela não concorreu à reeleição porque possui baixos índices de popularidade.   

A participação nas urnas, que permaneceram abertas das 7h às 23h (horário local) neste domingo, foi de 49,63%. Em 2013, quando ocorreu uma votação de dois dias, o número chegou a 50,48%.   

Dos 1.107.415 eleitores elegíveis, apenas 549.806 registraram seu voto. A maior participação aconteceu no distrito de Udine, onde 52,60% dos italianos foram às urnas, seguido de Gorizia (50,78%), Pordenone (49,80%), Tolmezzo (47,58%) e Trieste (43,90%).   

“Acabei de falar com Massimiliano Fedriga ao telefone e eu o parabenizei pelo resultado que obteve. Agora vou me opor ao espirito daqueles que sabem deixar uma região em boa saúde a quem permanecerá nos próximos cinco anos”, afirmou o opositor Bolzonello.   

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Após a vitória, Massimiliano Fedriga comparecerá ao Conselho Regional a partir das 12h (horário local), onde participará de uma coletiva de imprensa.   

Fedriga foi apoiado pela mesma coalizão conservadora que venceu as eleições legislativas de 4 de março. Ele é considerado próximo ao líder da legenda ultranacionalista, Matteo Salvini, que se empenhou na campanha na região.   

Para Salvini, a votação é vista como uma oportunidade para recuperar prestígio nas negociações para a formação do novo governo nacional, hoje protagonizados pelo antissistema M5S e pelo PD, que tentam costurar uma improvável aliança. (ANSA)


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