O candidato à Presidência do Equador Fernando Villavicencio foi assassinado com três tiros na cabeça, na quarta-feira, 9. Horas antes do crime ocorrer, ele fez um discurso “premonitório” em um comício no qual proferiu declarações diretas aos criminosos que o ameaçavam de morte.

Resumo:

  • Fernando Villavicencio aparecia em quinto lugar nas pesquisas de intenção de voto;
  • Antes de ir para o comício, ele foi aconselhado a usar coleta à prova de balas;
  • Villavicencio foi assassinado mesmo estando sob escolta policial.

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Antes de ir para o evento em uma escola na cidade de Quito, Fernando foi aconselhado a usar colete à prova de balas. Porém ele teria recusado o item.

“Eu não preciso (de colete). Vocês são um povo valente, e eu sou valente como vocês. Vocês são quem cuida de mim. Venham, aqui estou. Disseram que iriam me quebrar. Aqui está Don Villa (apelido de Villavicencio). Que venham os chefões do narcotráfico, venham! Que venham os atiradores, que venham os milicianos! Acabou-se o tempo da ameaça. Aqui estou eu. Podem me dobrar, mas nunca vão me quebra”, afirmou o candidato durante o discurso, divulgado nas redes sociais.

Villavicencio foi assassinado ao sair da escola, mesmo estando sob escolta policial. O candidato chegou a ser socorrido e levado à Clínica da Mulher, centro de saúde próximo ao local do atentado.

Um dos suspeitos de ter cometido o crime acabou sendo morto durante uma troca de tiros com a polícia, de acordo com as autoridades equatorianas.

Até o momento, outros seis suspeitos foram presos. O crime foi reivindicado pela facção criminosa Los Lobos, que é envolvido em diversos massacres sangrentos em prisões no Equador e ainda atua no tráfico de drogas e mineração ilegal.

Fernando Villavicenso aparecia em quinto lugar nas pesquisas de intenção de voto e se apresentava para a população como um combatente à corrupção sob o slogan “É hora dos corajosos”.