A política Ekaterina Duntsova, cuja candidatura à eleição presidencial russa de março de 2024 foi descartada pela Comissão Eleitoral, anunciou nesta quarta-feira (27) que quer criar seu próprio partido para reunir “todos aqueles que são a favor da paz, da liberdade e da democracia”.

Esta ex-vereadora de uma cidade provincial, pouco conhecida, recorreu da rejeição da Comissão Eleitoral em validar sua candidatura à Presidência.

A Suprema Corte manteve, no entanto, essa decisão, como anunciou Ekaterina, hoje, em seu canal no Telegram. Segundo ela, a Comissão Eleitoral alegou “erros nos documentos” apresentados para registar sua candidatura.

Ekaterina Duntsova, que pretendia encarnar a “alternativa” ao poder atual, criticou, em particular, a campanha militar russa na Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.

Nesta quarta, ela disse que, apesar de tudo, recusa-se a “desistir’ e anunciou a criação de um partido político.

“Temos que agir para fazer ouvir nossa voz”, frisou, acrescentando que espera que os russos obtenham, assim, “o direito de viver sem medo, de falar livremente e de confiar no futuro”.

“Será o partido de todos aqueles que são a favor da paz, da liberdade e da democracia”, declarou essa política que se apresenta, em sua página institucional on-line, como jurista e jornalista.

Mesmo que Ekaterina Duntsova consiga criar seu partido, isso não mudará nada, de fato, na corrida presidencial. Ekaterina, de 40 anos, disse simplesmente que seu objetivo é realizar o congresso de fundação da legenda em março para depois designar candidatos para as eleições locais em setembro.

Além disso, ante uma oposição amordaçada, a expectativa é que o presidente Vladimir Putin seja reeleito para um mandato de mais seis anos.

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