A candidata chilena de esquerda Jeannette Jara criticou seus adversários mais à direita por “exacerbar o medo” e afirmou que isso não basta para governar o Chile, após votar nas eleições deste domingo (16).
Jara, uma comunista que representa uma amplia coalizão de centro-esquerda, lidera as intenções de voto junto com José Antonio Kast, líder do Partido Republicano, mas sem margem suficiente para evitar um segundo turno em dezembro.
A candidata questionou a campanha de seus rivais após votar em Conchalí, no norte de Santiago.
“O ódio, a crítica ao outro, exacerbar o medo, não dá para governar um país. Para governar um país é preciso ter capacidade de realizar acordos, ter capacidade de diálogo e empatia com quem vive o sacrifício todos os dias”, declarou Jara.
Nesse sentido, acrescentou que, embora seus adversários tentem “incendiar os campos” para ganhar, o que “as pessoas precisam [é de] soluções e fortalecer o emprego através dos investimentos público e privado”.
A extrema direita também tem chances de avançar com Johannes Kaiser, do Partido Nacional Libertário, terceiro nas pesquisas e visto como a versão chilena do presidente argentino, o ultraliberal Javier Milei.
O Chile comparece às urnas em eleições marcadas pelo temor à delinquência, que os chilenos associam à imigração irregular.
O tema da segurança dominou a campanha, apesar de o Chile ser um dos países menos impactados pela criminalidade na região.
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