Câncer diagnosticado no guitarrista Tony Bellotto já atingiu e vitimou famosos

Além do guitarrista da banda Titãs, outros famosos também enfrentaram câncer de pâncreas. Veja a lista!

Tony Bellotto
Tony Bellotto Foto: Reprodução/Instagram

Na segunda-feira, 3, o guitarrista da banda Titãs, Tony Bellotto, de 64 anos, revelou, por meio das redes sociais, que está com câncer no pâncreas e que passará por uma cirurgia. Segundo o artista, o diagnóstico foi feito após um exame de rotina.

Devido ao tratamento, Bellotto fará uma pausa temporária dos palcos, e os Titãs seguirão cumprindo sua agenda de shows acompanhados pelo músico Alexandre de Orio.

Segundo uma nota divulgada pelos Titãs, após a recuperação, o músico deverá retomar suas atividades profissionais.

“Estou tranquilo e confiante, enfrentando tudo com coragem e dignidade. Inspirado pelo nosso querido Branco Mello, que passou por tratamentos difíceis e agora está aí, tocando, cantando e se divertindo nos shows. Nos vemos em breve”, disse ele.

Assista ao vídeo de Tony Bellotto:

 

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Famosos com o mesmo câncer

Além de Tony Bellotto, outros famosos também enfrentaram câncer de pâncreas. Veja a lista abaixo!

  • Steve Jobs

    Em 2004, o cofundador da Apple, Steve Jobs, foi diagnosticado com câncer de pâncreas. Oito anos depois, com o tumor em estágio metastático (ou seja, espalhado para outros órgãos) e algumas complicações, ele faleceu.

  • Marcelo Rezende

O apresentador e jornalista Marcelo Rezende faleceu em setembro de 2017 devido a um câncer de pâncreas que se espalhou para o fígado.

  • Patrick Swayze

O ator americano Patrick Swayze morreu em 14 de setembro de 2009, aos 57 anos, após sofrer por dois anos com câncer pancreático. Antes de saber da doença, o astro disse que, a princípio, pensou estar sofrendo de indigestão crônica. Quando os sintomas pioraram, procurou seu médico, foi feita uma biópsia e o diagnóstico foi câncer.

  • Luciano Pavarotti

O tenor italiano Luciano Pavarotti, que enfrentava um câncer no pâncreas há mais de um ano, morreu aos 71 anos, em setembro de 2007.

  • Raul Cortez

Em dezembro de 2004, o ator Raul Cortez foi operado para a remoção de um tumor na região do pâncreas e do intestino delgado, seguindo-se um tratamento quimioterápico. Em 30 de junho de 2006 foi novamente internado e faleceu no hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, em 18 de julho de 2006.

  • Léo Batista

No dia 19 de janeiro deste ano, o jornalista e locutor esportivo Léo Batista faleceu aos 92 anos. Ele estava internado no Hospital Rios D’Or, no Rio de Janeiro, para o tratamento de um tumor. Exames realizados diagnosticaram câncer no pâncreas, o que exigiu cuidados intensivos e tratamento médico especializado.

  • Jackson Antunes

Em 2023, o ator Jackson Antunes revelou que escondeu sua batalha contra um câncer de pâncreas ocorrido seis anos atrás.

“Não falei para ninguém. Há seis anos, tive um câncer muito agressivo no pâncreas e fiquei internado por um mês. Minha esposa, Cristiana Britto, ficou em um sofazinho comigo durante os 30 dias. Ela sentiu uma dor nas costas tão intensa que, até hoje, ela a sente e vai sentir pelo resto da vida”, contou Antunes em entrevista ao programa “Encontro com Patrícia Poeta”, da Globo.

Tumor no pâncreas

Nem todos os tumores no pâncreas são cânceres. Alguns são benignos — ou seja, não se espalham e não oferecem grandes riscos —, enquanto outros podem ser malignos, com o potencial de se espalhar para outros órgãos, configurando o câncer.

O câncer de pâncreas é uma doença silenciosa e agressiva. Seus sintomas são frequentemente confundidos com os de outras condições e, por isso, o diagnóstico costuma ser tardio, permitindo que o quadro evolua para estágios mais graves antes de qualquer intervenção, o que eleva a taxa de mortalidade.

Para entender mais sobre o câncer que acometeu Tony Bellotto, a reportagem da IstoÉ Gente procurou o médico oncologista Dr. Wesley Pereira Andrade, que explicou tudo sobre a doença.

“Na sua fase inicial, o câncer de pâncreas não apresenta sintomas. Entretanto, à medida que vai crescendo, os sintomas podem incluir perda de peso, dor abdominal, amarelamento dos olhos, conhecido como icterícia, associado à colúria (escurecimento da urina) e à colia fecal (esbranquiçamento das fezes)”, começa o profissional.

Como diagnosticar?

O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, principalmente a ressonância magnética, que chamamos de colângio-pancreatografia. Também é possível identificar essas lesões pancreáticas em tomografias de abdômen e ultrassonografias abdominais. Quando se identifica uma lesão pancreática, é necessária uma biópsia para confirmar o diagnóstico definitivo. Nesse processo, retira-se uma amostra da lesão e envia-se para análise no estudo anátomo-patológico, realizado por um patologista ao microscópio.

Para pacientes com mutações genéticas, é importante realizar o rastreamento dessas mutações nos familiares e, ocasionalmente, realizar exames de check-up periódicos.

Não existe um check-up, ou screening, recomendado para a população em geral, sendo essa recomendação restrita a pacientes com determinadas mutações genéticas.

Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores serão as taxas de cura. Uma vez diagnosticado o adenocarcinoma de pâncreas, o próximo passo é realizar o estadiamento para determinar se a doença está localizada ou se já se espalhou pelo corpo.

Outros sintomas incluem fraqueza, perda de apetite, perda significativa de peso, náuseas, vômitos e, nas fases mais avançadas, distensão abdominal.

Tratamento

Infelizmente, o câncer de pâncreas ainda apresenta altas taxas de mortalidade, apesar dos tratamentos disponíveis. Isso ocorre devido ao entupimento do canal da bile, o que impede a bilirrubina de ser eliminada pelo intestino, causando seu acúmulo no sangue.

Alguns casos exigem radioterapia complementar após o tratamento com quimioterapia e cirurgia.

Para lesões mais iniciais, a cirurgia é indicada, podendo ser uma ressecção da região da cabeça do pâncreas, nos tumores que acometem essa área, procedimento conhecido como duodenopancreatectomia. Para tumores nas regiões do corpo e cauda do pâncreas, pode ser realizada uma pancreatectomia distal.

Nos casos mais avançados de câncer de pâncreas, o tratamento começa com medicamentos à base de quimioterapia neoadjuvante, visando reduzir o tamanho da lesão e facilitar a cirurgia.

Chance de cura

  • Mais de 80% dos pacientes com câncer de pâncreas são diagnosticados na fase avançada, o que reduz consideravelmente a chance de cura.
  • Cerca de 90% dos pacientes com câncer de pâncreas falecem em até 5 anos, resultando em uma taxa global de cura de aproximadamente 10%.

“A nossa reportagem ressalta que as informações fornecidas pelo médico oncologista Dr. Wesley Pereira Andrade não são destinadas ao caso do guitarrista Tony Bellotto. O profissional se expressa de forma geral e afirma que cada paciente diagnosticado com câncer no pâncreas tem seu caso clínico específico e individual.”