Câncer de Edu Guedes também afetou outros nomes famosos; veja quais

O apresentador e chef de cozinha foi diagnosticado com câncer no pâncreas e teve de ser submetido a uma cirurgia no último sábado, 5

Reprodução/Instagram @eduguedesoficial
Apresentador Edu Guedes passou por cirurgia para retirada de nódulo no pâncreas Foto: Reprodução/Instagram @eduguedesoficial

A notícia de mais um famoso com câncer pegou a todos de surpresa no último final de semana. O apresentador Edu Guedes, de 51 anos, foi diagnosticado com câncer no pâncreas e teve de ser submetido a uma cirurgia, realizada no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, no sábado, 5, para retirada de nódulos.

Recentemente, o noivo da apresentadora Ana Hickmann passou mal por causa de uma infecção decorrente de uma crise renal. Na ocasião, o chef de cozinha submeteu-se a mais de um procedimento cirúrgico de emergência devido ao comprometimento dos rins. Após alguns exames mais detalhados, foi descoberto um nódulo no pâncreas.

Ao todo, o procedimento — uma pancreatectomia robótica — teve duração de 6 horas e, apesar da complexidade, o médico responsável afirmou que tudo transcorreu bem. “Esse não é o fim, mas sim um recomeço”, afirmou Edu em mensagem enviada pela assessoria de imprensa do apresentador.

Atual estado de saúde de Eduardo Guedes

Na manhã desta segunda-feira, 7, a equipe do programa “Fica Com a Gente”, da RedeTV!, do qual Edu Guedes é apresentador, atualizou o estado de saúde dele.

Durante a exibição da atração, normalmente comandada pelo chef de cozinha, a jornalista Silene Gonçalves informou que o apresentador passou a noite bem e está estável. Ele foi submetido a uma cirurgia após ter sido diagnosticado com câncer no pâncreas.

A atualização foi divulgada no início do programa. “Hoje nós abrimos o programa com a notícia que tomou as redes sociais e outros canais de comunicação neste final de semana: nosso querido chef e apresentador Edu Guedes precisou ser submetido a um procedimento cirúrgico no pâncreas para a retirada de um tumor”, informou a profissional.

“Passou bem a noite, segue em recuperação estável e evoluindo de forma positiva. Cada dia é uma vitória”, continuou.

Ainda de acordo com a equipe, os próximos sete dias serão bastante delicados e importantes para o tratamento.

Famosos com o mesmo câncer

Além de Edu Guedes, outros famosos também enfrentaram câncer de pâncreas. A doença é silenciosa e responsável por 5% dos óbitos por câncer anualmente no Brasil. IstoÉ Gente lista abaixo!

  • Tony Bellotto

    Tony Bellotto, guitarrista dos Titãs, foi diagnosticado com câncer no pâncreas no início de março de 2025. O tumor foi identificado durante um exame de rotina – provavelmente um ultrassom de abdômen – e confirmado por tomografia e ressonância magnética.

    O artista passou por uma cirurgia para remoção do tumor em 10 de abril de 2025, e o procedimento foi bem-sucedido. Afastado dos palcos, Bellotto segue em fase de recuperação pós-operatória.

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  • Steve Jobs

    Em 2004, o cofundador da Apple, Steve Jobs, foi diagnosticado com câncer de pâncreas. Oito anos depois, com o tumor em estágio metastático (ou seja, espalhado para outros órgãos) e algumas complicações, ele faleceu.

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  • Marcelo Rezende

O apresentador e jornalista Marcelo Rezende faleceu em setembro de 2017 devido a um câncer de pâncreas que se espalhou para o fígado.

Morre o jornalista Marcelo Rezende aos 65 anos | ABI

  • Patrick Swayze

O ator americano Patrick Swayze morreu em 14 de setembro de 2009, aos 57 anos, após sofrer por dois anos com câncer pancreático. Antes de saber da doença, o astro disse que, a princípio, pensou estar sofrendo de indigestão crônica. Quando os sintomas pioraram, procurou seu médico, foi feita uma biópsia e o diagnóstico foi câncer.

Patrick Swayze foi ator até seus últimos dias: "Vou trabalhar até morrer"

  • Luciano Pavarotti

O tenor italiano Luciano Pavarotti, que enfrentava um câncer no pâncreas há mais de um ano, morreu aos 71 anos, em setembro de 2007.

Projeto especial comemora o legado de Pavarotti nos 10 anos de sua morte - 20/07/2017 - UOL Entretenimento

  • Raul Cortez

Em dezembro de 2004, o ator Raul Cortez foi operado para a remoção de um tumor na região do pâncreas e do intestino delgado, seguindo-se um tratamento quimioterápico. Em 30 de junho de 2006 foi novamente internado e faleceu no hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, em 18 de julho de 2006.

Doença e sexualidade de Raul Cortez, de Mulheres de Areia

  • Léo Batista

No dia 19 de janeiro deste ano, o jornalista e locutor esportivo Léo Batista faleceu aos 92 anos. Ele estava internado no Hospital Rios D’Or, no Rio de Janeiro, para o tratamento de um tumor. Exames realizados diagnosticaram câncer no pâncreas, o que exigiu cuidados intensivos e tratamento médico especializado.

Jornalista esportivo Léo Batista morre aos 92 anos no Rio de Janeiro | Radioagência Nacional

  • Jackson Antunes

Em 2023, o ator Jackson Antunes revelou que escondeu sua batalha contra um câncer de pâncreas ocorrido seis anos atrás.

“Não falei para ninguém. Há seis anos, tive um câncer muito agressivo no pâncreas e fiquei internado por um mês. Minha esposa, Cristiana Britto, ficou em um sofazinho comigo durante os 30 dias. Ela sentiu uma dor nas costas tão intensa que, até hoje, ela a sente e vai sentir pelo resto da vida”, contou Antunes em entrevista ao programa “Encontro com Patrícia Poeta”, da Globo.

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Tumor no pâncreas

Nem todos os tumores no pâncreas são cânceres. Alguns são benignos — ou seja, não se espalham e não oferecem grandes riscos —, enquanto outros podem ser malignos, com o potencial de se espalhar para outros órgãos, configurando o câncer.

O câncer de pâncreas é uma doença silenciosa e agressiva. Seus sintomas são frequentemente confundidos com os de outras condições e, por isso, o diagnóstico costuma ser tardio, permitindo que o quadro evolua para estágios mais graves antes de qualquer intervenção, o que eleva a taxa de mortalidade.

Em março, a nossa reportagem conversou com o médico oncologista Dr. Wesley Pereira Andrade, que nos explicou tudo sobre a doença.

“Na sua fase inicial, o câncer de pâncreas não apresenta sintomas. Entretanto, à medida que vai crescendo, os sintomas podem incluir perda de peso, dor abdominal, amarelamento dos olhos, conhecido como icterícia, associado à colúria (escurecimento da urina) e à colia fecal (esbranquiçamento das fezes)”, diz o profissional.

Como diagnosticar?

O diagnóstico é feito por meio de exames de imagem, principalmente a ressonância magnética, que chamamos de colângio-pancreatografia. Também é possível identificar essas lesões pancreáticas em tomografias de abdômen e ultrassonografias abdominais. Quando se identifica uma lesão pancreática, é necessária uma biópsia para confirmar o diagnóstico definitivo. Nesse processo, retira-se uma amostra da lesão e envia-se para análise no estudo anátomo-patológico, realizado por um patologista ao microscópio.

Para pacientes com mutações genéticas, é importante realizar o rastreamento dessas mutações nos familiares e, ocasionalmente, realizar exames de check-up periódicos.

Não existe um check-up, ou screening, recomendado para a população em geral, sendo essa recomendação restrita a pacientes com determinadas mutações genéticas.

Quanto mais cedo o diagnóstico, maiores serão as taxas de cura. Uma vez diagnosticado o adenocarcinoma de pâncreas, o próximo passo é realizar o estadiamento para determinar se a doença está localizada ou se já se espalhou pelo corpo.

Outros sintomas incluem fraqueza, perda de apetite, perda significativa de peso, náuseas, vômitos e, nas fases mais avançadas, distensão abdominal.

Tratamento

Infelizmente, o câncer de pâncreas ainda apresenta altas taxas de mortalidade, apesar dos tratamentos disponíveis. Isso ocorre devido ao entupimento do canal da bile, o que impede a bilirrubina de ser eliminada pelo intestino, causando seu acúmulo no sangue.

Alguns casos exigem radioterapia complementar após o tratamento com quimioterapia e cirurgia.

Para lesões mais iniciais, a cirurgia é indicada, podendo ser uma ressecção da região da cabeça do pâncreas, nos tumores que acometem essa área, procedimento conhecido como duodenopancreatectomia. Para tumores nas regiões do corpo e cauda do pâncreas, pode ser realizada uma pancreatectomia distal.

Nos casos mais avançados de câncer de pâncreas, o tratamento começa com medicamentos à base de quimioterapia neoadjuvante, visando reduzir o tamanho da lesão e facilitar a cirurgia.

Chance de cura

  • Mais de 80% dos pacientes com câncer de pâncreas são diagnosticados na fase avançada, o que reduz consideravelmente a chance de cura.
  • Cerca de 90% dos pacientes com câncer de pâncreas falecem em até 5 anos, resultando em uma taxa global de cura de aproximadamente 10%.

“A nossa reportagem ressalta que as informações fornecidas pelos médicos oncologistas Dr. Wesley Pereira Andrade e Dr. Cleyson Santos não são destinadas ao caso do guitarrista Tony Bellotto. O profissional se expressa de forma geral e afirma que cada paciente diagnosticado com câncer no pâncreas tem seu caso clínico específico e individual.”