A gestora brasileira IG4 concluiu na quarta-feira, 31, a negociação com a canadense Alberta Investment Management Corporation (AIMCo) para aporte de R$ 400 milhões na Iguá Saneamento (ex-Cab Ambiental). O dinheiro, que já está disponível, será investido em novos projetos e obras de expansão já contratados pela empresa de saneamento básico, que detém 14 concessões e 4 Parcerias Público-Privadas (PPP) em cinco Estados brasileiros.

Além disso, os recursos também serão destinados à ampliação dos negócios da empresa, que buscará novas oportunidades de concessões.

No total, entre o aporte da canadense, recursos disponíveis em caixa e crédito novo contratado, a Iguá Saneamento terá cerca de R$ 1 bilhão para tocar seu plano de expansão. Isso sem considerar que a AIMCo poderá fazer novos aportes na empresa.

Até julho do ano passado, a Iguá se chamava CAB Ambiental e pertencia ao grupo Galvão Engenharia, que entrou em recuperação judicial após ser envolvida na Operação Lava Jato. Endividada e sem dinheiro para tocar a operação, já que não conseguia crédito por causa do controlador, a CAB ficou em situação quase falimentar até ser vendida.

Participação

Com a capitalização de agora, a empresa quer disputar mercado com as grandes do setor, como BRK Ambiental (ex-Odebrecht Ambiental) e Aegea. O investimento da AIMCo será feito por meio dos dois fundos administrados pela IG4 (FIP Iguá e FIP Mayin). A gestora canadense, que administra cerca de US$ 110 bilhões em ativos, terá participação indireta de 28,46% na Iguá.

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Com o negócio, os fundos administrados pela IG4 Capital vão elevar a participação de 84,2% para 89,44% na Iguá. O BNDES Participações terá sua fatia diluída de 15,8% para 10,56%. “A conclusão da transação chancela a capacidade da Iguá e vem em boa hora para reforçar a estrutura de capital e preparar a companhia para crescer”, afirma o presidente da Iguá Saneamento, Gustavo Guimarães, em comunicado. “Temos interesse específico nas regiões onde já atuamos, principalmente nos Estados de Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Alagoas.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


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