Canadá e México trabalharão para restaurar democracia na Venezuela (Trudeau)

Canadá e México trabalharão para restaurar democracia na Venezuela (Trudeau)

Os governos de Canadá e do México, juntamente com outros aliados na América Latina, vão continuar colaborando para restaurar a democracia na Venezuela, mergulhada em uma profunda crise política, disse nesta sexta-feira (13) o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, em sua visita à capital mexicana.

“Canadá e México não podem e não permanecerão à margem enquanto a democracia venezuelana, os direitos humanos e a lei são violadas de forma tão horrível”, disse Trudeau, que em seu segundo dia de visita oficial assistiu a uma sessão solene no Senado mexicano.

Trudeau referiu-se brevemente à situação na Venezuela, que vive um momento de tensão à espera das eleições regionais de domingo (15), após ser sacudida por protestos diários entre abril e julho, que deixaram 125 mortos.

“Continuaremos trabalhando com nossos parceiros na América Latina para a restauração da democracia na Venezuela”, acrescentou Trudeau, que nesta sexta-feira conclui sua primeira visita oficial ao México no âmbito da qual reuniu-se na quinta-feira com o presidente Enrique Peña Nieto.

México e Canadá fazem parte de um grupo de 14 países do hemisfério, incluindo os Estados Unidos, que tentaram promover na Organização dos Estados Americanos (OEA) medidas contra a Venezuela.

Estes países acusam o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, de ter atentado contra a democracia ao reduzir os poderes do Legislativo, controlado pela oposição, e votar uma Assembleia Constituinte para modificar a atual carta magna, promovida pelo falecido ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013), padrinho político do atual mandatário.

Além da crise política, a Venezuela atravessa há anos uma complicada situação econômica, com a inflação mais elevada do mundo, que se aprofundou com a queda dos preços do petróleo, de onde provêm 96% das receitas deste país sul-americano, que detém as maiores reservas de petróleo do mundo.

O país está, ainda, à beira de uma crise humanitária provocada pela falta de alimentos, medicamentos, equipamentos médicos, entre muitos outros artigos e produtos diversos.