Após meses de negociações, o governo do Canadá e o Google chegaram a um acordo para que o gigante californiano pague uma compensação aos meios de comunicação do país em troca da distribuição de seus conteúdos, conforme relatado por vários meios de comunicação canadenses.

O acordo permite que o Google redistribua cerca de 100 milhões de dólares canadenses (R$ 360 milhões) para os meios de comunicação do país, enquanto o governo de Justin Trudeau buscava obter 172 milhões de dólares canadenses (R$ 432 milhões), de acordo com fontes.

Ottawa está em desacordo com o Google e a Meta por sua nova “lei de notícias on-line”, que deveria obrigar essas empresas a celebrar acordos comerciais com os meios de comunicação para a distribuição de seus conteúdos nas plataformas dos dois gigantes da internet.

A lei, conhecida como C-18, entrará em vigor em 19 de dezembro, mas Meta e Google haviam manifestado oposição.

No início de outubro, o Google mencionou um possível bloqueio de sites de notícias em seu mecanismo de busca se a lei canadense não fosse modificada.

O acordo prevê que o Google negocie com um único grupo que representaria todos os meios, o que permitiria limitar os riscos de litígio, segundo a CBC/Radio-Canada.

Por sua vez, a Meta – proprietária de Facebook e Instagram – bloqueou o acesso a conteúdos informativos em suas plataformas no Canadá desde 1º de agosto.

Brent Jolly, presidente da Associação Canadense de Jornalistas, afirmou achar que “é algo bom”, acrescentando que teria ficado “preocupado com o futuro da indústria” se o Google tivesse decidido bloquear os conteúdos de mídia em seu mecanismo de busca.

Essa legislação foi introduzida pelo governo federal para frear o declínio da imprensa no Canadá em benefício dos gigantes digitais, para os quais migraram as receitas com publicidade nos últimos anos.

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