O governo canadense anunciou, nesta segunda-feira (26), que porá fim, a partir de sábado (1º), a todas as restrições sanitárias nas fronteiras implementadas para combater a disseminação da covid-19, incluindo os requisitos de vacinação para entrar no país.

“Acreditamos que agora estamos em condições de mudar nossa abordagem em relação às fronteiras internacionais”, declarou o ministro de Assuntos Intergovernamentais, Dominic LeBlanc.

“A situação sanitária melhorou muito”, motivo pelo qual não será mais necessário monitorar os viajantes, colocá-los em quarentena, ou isolá-los, justificou.

Até agora, para entrar no Canadá, as pessoas acima de 12 anos tinham de estar vacinadas, ou passar por uma rotina de testes de detecção de covid, além de cumprir uma quarentena de 14 dias. Já os testes aleatórios continuarão a ser feitos nos vacinados.

Segundo o governo canadense, a transmissão do vírus se dá, principalmente, dentro do país.

“Os casos importados de covid e suas variantes não influenciam mais, significativamente, a evolução da pandemia no país”, declarou o ministro da Saúde, Jean-Yves Duclos.

“O foco deve ser em ter a vacinação em dia (…) é aí que precisamos investir”, insistiu Duclos, acrescentando que a covid-19 “continua aí”.

De acordo com um comunicado da Agência de Saúde Pública do Canadá, a mudança foi feita, porque o país “superou, amplamente, o pico” de contágios causado pela variante ômicron, assim como pela alta vacinação e pelas baixas taxas de hospitalização.

“Podemos fazer isso, porque dezenas de milhões de canadenses arregaçaram as mangas e foram se vacinar”, disse o ministro dos Transportes, Omar Alghabra, à imprensa.

“Todos trabalhamos juntos para seguir as diretrizes, nos vacinar e protegermos uns aos outros”, acrescentou.

No Canadá, cerca de 90% da população com 12 anos, ou mais, recebeu duas doses da vacina, e metade, um reforço, segundo dados oficiais.