O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, repetiu nesta quarta-feira, 27, que um erro da autoridade monetária em calibrar os juros para menos que o adequado tem maior custo de credibilidade e piores efeitos para a sociedade do que um erro em calibrar os juros para mais do que deveria.

“Todo BC navega entre dois tipos de erros, ou subir os juros demais ou de menos. Às vezes, as estimativas estão erradas, os economistas erram as projeções. Olhando hoje, talvez a Selic de 2,00% (em 2020) tenha sido baixa demais, mas, na época, estávamos com medo de uma grande depressão”, argumentou Campos Neto, em audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados.

Ele respondeu aos questionamentos do deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que avaliou que “a população não vive na realidade do PowerPoint” do presidente do BC. “Reconhecer erros é sinal de grandeza, não deveria ser sinal de vergonha”, alfinetou o parlamentar.