O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira, 22, que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) foi para o guarda-chuva da autoridade monetária em um momento de crise institucional, com entendimento de que eventualmente ele deveria ter autonomia própria. Ele participa do Seminário Brasil Hoje, promovido pelo Esfera Brasil, em painel que discute como a segurança pública cria estabilidade econômica.

“Pensamos que o Coaf iria e ficaria no Banco Central por algum tempo e que eventualmente ele sairia e teria sua autonomia própria, com as mesmas condições do Banco Central: com um presidente com mandato que cruzasse o do presidente do Executivo e indicação de diretores de forma alternada. A gente entendia que o ideal é que o Coaf ficasse no Banco Central por um tempo, para reduzir o ruído, mas que eventualmente tivesse autonomia própria”, disse.

Campos Neto relembrou que a ida do Coaf ao BC se deu em um momento de “crise institucional” e que a autoridade monetária, como órgão técnico e autônomo, era o espaço adequado para abrigá-lo. Ele pontuou que a estrutura do Coaf é pequena, com poucos funcionários, e que é importante melhorar a alocação de recursos para torná-lo mais eficiente.