O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou em entrevista à emissora americana CNBC que, na comunicação oficial da autarquia, “dissemos que há ainda espaço para taxas de juros menores, baseadas em nossas projeções”.

Ele apontou que a cada reunião do Copom são consideradas todas as variáveis, no contexto dos cenários externo e interno, sendo que para este último há um foco especial para o desempenho do PIB e da inflação. “Pensamos que precisamos ter taxas de juros estimulativas.”

Para Campos Neto, as taxas de juros baixas de curto e longo prazo permitem que o País passe a financiar projetos de infraestrutura com recursos privados.

Campos Neto afirmou que o Brasil tem “boa posição” para crescer de forma saudável em 2020. “Tivemos 3 choques que retiraram muito do crescimento em 2019 e que não ocorrerão no próximo ano. Estamos bem posicionados para crescer de uma forma saudável, com dinheiro privado”, afirmou

De acordo com o presidente do BC, os três choques foram: a crise da Argentina, que impactou o PIB nacional em cerca de 0,2 ponto porcentual; a tensão comercial internacional, que gerou efeitos negativos de 0,2 ponto porcentual; e a tragédia da barragem da Vale em Brumadinho, que reduziu o crescimento em 0,25 ponto porcentual.

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