O ministro italiano dos Esportes, Vincenzo Spadafora, reafirmou nesta quarta-feira (13) a linha prudente de seu governo sobre uma possível retomada do futebol, afirmando que a bola só voltará a rolar quando houver “segurança para todos”.

“Se o campeonato voltar, como todos queremos, será porque tomamos essa decisão depois de uma série pensada de ações e de protocolos com segurança par todos”, declarou o ministro diante do Senado.

A Serie A, a primeira divisão do futebol italiano, está suspensa desde 9 de março, véspera do início do confinamento imposto pelas autoridades até 4 de maio na Itália para limitar a propagação do coronavírus.

Desde 4 de maio, os clubes estão autorizados a organizar sessões de treinos individualizados. A partir do dia 18 do mesmo mês, os treinos coletivos poderão voltar, mas terão que seguir um rigoroso protocolo sanitário.

O ponto mais delicado se refere à obrigação dos clubes de colocar todo o elenco e a comissão técnica em confinamento de 15 dias caso surgir um novo exame positivo para COVID-19 na equipe.

“Nosso esporte é um esporte de contato e isso é um problema a se resolver. A questão não é saber como tratar as pessoas doentes, mas está claro que se toda a equipe é colocada em quarentena teremos um problema”, afirmou na terça-feira Umberto Calcagno, vice-presidente do AIC, sindicato dos jogadores profissionais da Itália.

Sobre este ponto, Spadafora afirmou nesta quarta-feira que o futebol é especial, ao comentar um exemplo apresentado do eventual fechamento de um supermercado caso um funcionário desse positivo.

“No supermercado é possível manter a distância e usar proteções. O futebol é por natureza um esporte em que não se pode manter distância. Os jogadores têm que correr, marcar, se chocar dentro da área”, analisou.

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