O presidente Alexandre Campello explicou nesta quinta-feira que a diretoria do Vasco optou pela efetivação do até então auxiliar Ramon Menezes no cargo de técnico em função da forte identificação do ex-meia com o clube – foram três passagens como jogador.

Campello apontou que chegou a cogitar a contratação de um treinador estrangeiro, mas apontou que essa aposta não seria uma certeza de sucesso. Além disso, a falta de recursos financeiros deixava as opções restritas dentro do marcado nacional para definir o sucessor de Abel Braga.

“O que norteou a escolha do técnico foi a incerteza de trazer um treinador de fora. O fato de um ou dois técnicos estrangeiros terem dado certo no Brasil não significa que qualquer um terá o mesmo resultado. Inúmeros outros não foram bem. Para trazer alguém do Brasil que não fosse de peso, preferimos optar pelo Ramon, que é bastante atualizado, estudioso, conhece profundamente o Vasco, tem demonstrado capacidade dentro do clube. Foi auxiliar do Vanderlei e do Abel, sempre com um trabalho bom. Temos convicção de que o Ramon tem todas as condições e é um profissional com capacidade de estar à frente da nossa equipe”, disse o dirigente em entrevista à TV Vasco.

Campello também assegurou que colocar os salários em dia, algo que ainda não conseguiu, é uma prioridade da sua gestão. “Apesar das dificuldades, a diretoria tem feito esforço muito grande no sentido de equacionar o problema dos salários. Esses recursos têm sempre como prioridade o pagamento de salários”, afirmou.

O presidente também comentou sobre a paralisação das competições em função do surto do coronavírus. Ele avaliou que será possível concluir a temporada ainda em 2020 se os torneios forem retomados em maio, mas reconheceu que o cenário é de total incerteza. Assim, já estudado possibilidades, como a redução dos salários durante o período de pausa.

“Se voltar a partir de maio, temos a possibilidade de cumprir com todo calendário do futebol até o final do ano, entendendo que, em função das férias, as atividades vão avançar pelo mês de dezembro até próximo do Natal. Se a paralisação permanecer nos meses de junho ou julho, provavelmente trará um impacto real nas competições, com perda de receitas. Hoje, não existe uma solução por conta da incerteza. Uma das possibilidades é reduzir os vencimentos dos atletas e da comissão técnica. Estamos trabalhando junto ao poder público com a suspensão de pagamentos de tributos e obrigações. Junto às entidades bancárias pedindo a prorrogação dos prazos e renegociando compromissos, tentando buscar receitas alternativas”, comentou.