O atletismo brasileiro foi surpreendido nesta sexta-feira com a suspensão provisória de Thiago Braz por doping. O campeão olímpico no salto com vara nos Jogos do Rio em 2016, e grande esperança de nova medalha em Paris-2024, testou positivo para a substância ostarina, a mesma que tirou Tandara da Olimpíada do Japão e antecipou sua aposentadoria após quatro anos de suspensão – ainda cumpre a pena.

O brasileiro teria ingerido a substância que é considerada proibida pela WADA, a Agência Mundial de Antidoping, por ser um modulador hormonal que influencia no aumento muscular, dando mais força e melhorando a performance de atletas.

A suspensão preventiva foi aplicada pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês), que explicou o motivo da penalidade em seu site oficial: “Presença/Uso de Substância Proibida (Ostarine Glucuronide/Ostarine) (Artigo 2.1 e Artigo 2.2)”. O brasileiro não se manifestou sob o caso e ainda poderá se defender antes de uma audiência da Federação Internacional de Atletismo.

De acordo com a AIU, o caso permanecerá em investigação e constará na lista de Processos Pendentes de Primeira Instância. A suspensão provisória é obrigatória de acordo com as Regras Antidoping do Atletismo Mundial. Essa punição inicial “não anula de forma alguma a presunção de inocência e não é uma determinação antecipada de culpa. Pelo contrário, é uma ordem feita por precaução para salvaguardar os interesses do esporte.”

Não foi revelado em qual competição Thiago Braz testou positivo para a ostarina. Ele participou recentemente algumas etapas da Diamond League e agora está impossibilitado de novas disputas até um julgamento. Caso seja considerado culpado, ele pode pegar os mesmos quatro anos de suspensão de Tandara.