O francês Yannick Agnel, dono de duas medalhas olímpicas na natação, admitiu nesta segunda-feira que manteve relações sexuais com uma menor de idade em 2016, mas negou ter violentado a adolescente, afirmou a promotora responsável pelo caso do ex-nadador. Agnel, de 29 anos, que foi acusado formalmente na semana passada, reconheceu ter se relacionado com a jovem, mas afirmou não ter sentimento de que teria acontecido “coação”, segundo disse Edwige Roux-Morizot, da Procuradoria da República de Mulhouse, no leste da França, em entrevista coletiva.

A acusação de estupro e agressão sexual foi feita pela diferença de idade para a adolescente, que tinha 13 anos na época dos fatos, em 2016.

Roux-Morizot destacou que há uma diferença de idade de 11 anos entre os dois e que, na época em que ocorreu a relação sexual, Agnel já era campeão olímpico – nos 200 metros livres e 4×100 metros livres em Londres-2012 -, sendo uma personalidade na França.

A adolescente na época era uma das filhas do treinador do ex-nadador e as relações entre eles teriam acontecido em diferentes locais onde Agnel estava treinando, como no Rio de Janeiro, em Tenerife, na Espanha, e na Tailândia, segundo a promotora.

A prisão preventiva do campeão olímpico, segundo Roux-Morizot, não foi pedida pelo tempo que aconteceram os supostos crimes. Ela considera suficientes as medidas impostas pelo juiz do caso, de que o ex-nadador deva entregar o passaporte, não possa deixar Paris, nem entrar contato com a vítima ou a família dela. De acordo com a promotora, a investigação segue em curso e novos depoimentos serão colhidos em breve.

Roux-Morizot lembrou, inclusive, que, por se tratar de relação sexual com menor de 15 anos de idade, a lei francesa intervém, inclusive, em caso de ter ocorrido consentimento. Segundo o jornal francês L’Équipe, Agnel vivia na casa do técnico na época, Lionel Horter, e foi a filha dele com quem o ex-nadador manteve relações sexuais.

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Por causa disso, o campeão olímpico pode ser condenado a pena de até 15 anos de prisão, caso seja considerado culpado das acusações da Procuradoria.


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