Vivendo um momento único na carreira, o surfista Italo Ferreira já tem planos para “eternizar” o ano de 2019, que terminou com a conquista do seu primeiro título mundial ao brilhar no Pipe Masters, no Havaí. Assim como os compatriotas Gabriel Medina e Adriano de Souza, ele planeja lançar uma biografia.

“Tenho uma amiga que escreve muito e desde 2015, quando entrei no Circuito Mundial, ela queria fazer algo do tipo”, conta Italo em entrevista ao Estado. “Ela falava que iria fazer quando eu fosse campeão do mundo. Já disse que agora é a chance para começar. Vai dar para fazer. Tem uma história linda.”

Apesar de afirmar que a sua história de vida daria boas cenas até para um filme, o surfista revela que a ideia é contar a sua trajetória ao longo do ano até o título que coroa a sua ótima temporada. “O plano talvez não seja falar da carreira, mas especificamente de 2019”, revela.

Uma grande história ocorreu antes do título mundial, quando ele estava prestes a embarcar para o Japão para disputar o ISA Games. Italo teve seu passaporte roubado nos Estados Unidos. Ele precisou correr contra o tempo para tirar nova documentação, ter o visto japonês e ir para a Ásia. Seu voo ainda atrasou por causa de um furacão. Inclusive, ele relata ter ficado 18 horas dentro do avião.

Quando desembarcou em Miyazaki, a disputa já havia começado. Italo deixou suas malas, pegou carona, uma prancha emprestada por Filipe Toledo e ainda deu um show nas ondas. O final dessa história todo mundo conhece: teve ouro e um roteiro digno de best-seller.