Vincenzo Iaquinta, campeão mundial pela Itália em 2006 e ex-jogador da Juventus, foi condenado nesta quarta-feira a dois anos de prisão. O atleta era acusado de porte irregular de armas e envolvimento com a máfia italiana Ndrangueta, uma das maiores organizações criminosas da Calábria, região onde Iaquinta nasceu.

A Direção Antimáfia Italiana chegou a pedir seis anos de prisão para o ex-jogador. Entretanto, o tribunal de Reggio Emilia, que julgou o caso, considerou a denúncia de participação em negócios mafiosos improcedente e condenou Iaquinta somente pela posse de armas, que poderia estar facilitando os trabalhos da máfia Ndrangueta.

O processo, batizado de “Aemilia”, envolveu 148 pessoas, sendo 34 acusados de associação com a organização criminosa. O pai do campeão mundial Giuseppe Iaquinta também estava entre os investigados e foi condenado a 19 anos de prisão por ligações mafiosas.

Ao sair do tribunal, pai e filho gritaram que a decisão do júri era “uma vergonha” e chamaram os juízes de “ridículos”. Vincenzo Iaquinta também indicou que a condenação era apenas pela região onde nasceu. “Eles arruinaram a minha vida para nada, só porque eu vim da Calábria”, exclamou.

Iaquinta tem 38 anos e passou toda a carreira na Itália, onde marcou 109 gols em jogos válidos pela Série A nacional. Ele disputou 40 partidas com a camisa da seleção e ajudou na vitória italiana na Copa do Mundo de 2006 com um gol contra a seleção de Gana na fase de grupos. Em 2013, anunciou sua aposentadoria após o fim do contrato com a Juventus e chegou a manifestar a intenção de seguir carreira como treinador.