A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU, na sigla em inglês) anunciou nesta sexta-feira que Oluwakemi Adekoya, campeã mundial indoor dos 400 metros com obstáculos, foi flagrada no exame antidoping para o esteroide anabolizante estanozolol. A atleta, que nasceu na Nigéria, mas compete pelo Bahrein, recebeu uma suspensão de quatro anos. A punição é retroativa e a punição começou a valer em novembro de 2018.

Adekoya, de 26 anos, foi campeã mundial em Portland, nos Estados Unidos, em 2016. Antes, a atleta ganhou quatro medalhas de ouro nos Jogos Asiáticos. Em 2014, foi primeira colocada nos 400m e nos 400m com barreiras. No ano passado, outras duas medalhas douradas, mais uma vez nos 400m com obstáculos e no revezamento 4x400m.

A AIU informou que os resultados obtidos por Adekoya desde o dia 24 de agosto do ano passado serão cancelados, o que significa que a corredora vai perder suas medalhas de ouro dos Jogos Asiáticos: o ouro nos 400m com barreiras deve passar para o Quach Thi Lan, do Vietnã, e o ouro do revezamento para a equipe da Índia.

A longa política do Bahrein de “adotar” corredoras nascidas na África está sob investigação após a medalhista de prata na maratona olímpica nos Jogos do Rio-2016, Eunice Kirwa, nascida no Quênia, ter sido banida por quatro anos no mês passado em mais um caso de doping. Outra corredora de longa distância, Violah Jepchumba, também queniana de nascimento, foi suspensa no ano passado.

Ainda nesta sexta-feira, a AIU relatou que a corredora de longa distância indiana Sanjivani Jadhav foi suspensa por dois anos, após ser flagrada em teste para probenecide, muito utilizado para mascarar o uso de outras substâncias proibidas. Jadhav perdeu a medalha de bronze conquistada nos 10 mil metros no Campeonato Asiático de abril.