Apesar de a legislação eleitoral brasileira só autorizar campanha a partir de agosto, pré-candidatos já estão com os blocos na rua e fazem verdadeiros comícios – proibidos – em eventos nos quais participam.

A lei e os tribunais eleitorais são brandos e lenientes. Conforme a legislação, a propaganda eleitoral antecipada só é caracterizada quando pré-candidatos pedem voto para si ou aliados.

Líderes nas pesquisas, o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Lula da Silva (PT) evidentemente evitam pedir votos, mas investem na exposição massiva na mídia como pré-candidatos e rodam o Brasil em encontros organizados por aliados e cabos eleitorais. Bolsonaro em eventos abertos, o petista em fechados, como em sedes de associações e restaurantes.

Recentemente, o petista foi ovacionado – aos gritos de “presidente” – em evento com indígenas em Brasília, no acampamento Terra Livre. Bolsonaro comandou motociata eleitoral em São Paulo, apareceu no estádio do Santos e baixa em Porto Seguro nesta sexta, 22, para o primeiro encontro com motoqueiros na Bahia. E leva junto a Esquadrilha da Fumaça para show aéreo.

Bolsonaro foi inocentado, recentemente pela Justiça Eleitoral, da acusação de propaganda antecipada durante evento na Presidência. Na ocasião, ele disse que a volta de Lula seria o retorno do “criminoso” à “cena do crime”.

Com Walmor Parente