Em debate promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta terça-feira (27) com representantes da área da saúde das principais candidaturas à Presidência da República, o único ausente foi o do presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo PL.

O vice-presidente da Fiesp Ruy Baumer, também líder da área do complexo da saúde da entidade empresarial, informou que convidou o ministro da Saúde, Marcelo Quiroga. O ministro pediu desculpas por não poder comparecer porque estava em um evento no exterior, em Washington (EUA). Quiroga, no entanto, não enviou um substituto. A Fiesp também entrou em contato com a equipe de campanha de Bolsonaro para convidar ao debate, mas não obteve resposta.

“Lastimo que esteja faltando aqui a pessoa mais importante para falar sobre o que está sendo feito e que se pretende fazer, um representante do Ministério da Saúde”, disse o responsável pela área da saúde do programa da candidata Simone Tebet (MDB), João Gabbardo, que também vê como principal prioridade de seu programa “resgatar a credibilidade” da pasta da Saúde.

A atuação do governo Bolsonaro foi criticada também pelos demais representantes, o senador Humberto Costa (PT), da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e Nelson Marconi, coordenador do programa de governo de Ciro Gomes (PDT). Os três criticaram a gestão e a redução de recursos destinados ao Sistema Único de Saúde (SUS), inclusive para o ano que vem, além da condução da política de enfrentamento à pandemia da covid-19.

“O SUS é um sistema muito importante, reconhecido internacionalmente e que tem sido desmontado nesse último governo e que precisa ser reestruturado”, afirmou Marconi.

Costa citou a falta de diálogo de Estados e municípios e setor privado com o Ministério da Saúde. “Queremos resgatar o diálogo. O Ministério da Saúde é hoje uma estrutura fechada”, disse.