Rio – O domingo de sol forte e céu azul foi mais um estímulo para a participação na segunda Caminhada Sesc em Defesa da Pessoa Idosa, na praia de Copacabana, zona sul da cidade. A concentração e um alongamento coletivo marcaram o início da caminhada que teve como ponto de partida o Hotel Belmond Copacabana Palace. Ao fim do trajeto de 1 quilômetro, as músicas eue vinham de um carro de som parado na altura da Rua Santa Clara embalaram danças de idosos de diversos bairros e regiões do Rio, além de visitantes que acompanhaaram as atividades na pista junto à praia.

Do alto, o Bloco Bangalfumenga, que costuma arrastar foliões no carnaval, animou os participantes.

A dona de casa Lourdes Maria de Oliveira Pereira, de 73 anos, moradora de Niterói, na região metropolitana do Rio, atravessou a baía de Guanabara para estar em Copacabana e não perdeu uma coreografia acompanhando as músicas. “Estou dançando desde que cheguei. Adoro! Eu sou do Sesc Niterói. Lá é muito bom, dá muita atividade para a gente. Agora, deixa eu dançar porque adoro dançar”, afirmou Lourde Maria, encerrando a entrevista.

Outra que enfrentou a distância para chegar a Copacabana foi Marli de Assis, de 69 anos. Ela saiu de Deodoro, na zona oeste do Rio, para participar do encontro, tinha na ponta da língua todas as letras das músicas tocadas no trio elétrico e cantava alto. “É bom cantar. Gosto de música”, disse Marli, que costuma fazer caminhadas no bairro onde mora.

A programação incluiu ainda atividades esportivas e jogos de estímulo cognitivo, oficinas de artesanato e sustentabilidade, contação de histórias, avaliação nutricional e orientação de saúde bucal. As opções de divertimento se espalharam em tendas montadas na calçada que divide as pistas da orla. Embora o evento fosse destinado aos idosos, as crianças não foram esquecidas.

“Também trouxemos ações de educação infantil, porque fazemos muitas ações intergeracionais. A educação infantil veio com os avós. A ideia é conseguir falar do respeito à pessoa idosa, desde a base”, informou a gestora do Trabalho Social com Idosos do Sesc, Thaís Monteiro de Castro.

Em uma das tendas, que mostrava uma exposição de insetos, a aposentada Dóris Rodrigues, de 69 anos “bem vividos”, estava acompanhada do neto Pedro, de 10 anos. Ela disse que frequenta a unidade do Sesc de Copacabana, onde tem aulas de consciência corporal e de teatro e participa da oficina da memória. Ela mostrava-se feliz ao lado do neto. “É maravilhoso, ele adora, e a gente vem sempre que tem alguma coisa. É bom também para as crianças terem respeito não só pelo idoso, mas com todos”. Pedro disse que achou “bem legal” participar das atividades e apontou o inseto que mais chamou sua atenção: “o vagalume”.