O governo do Camboja acusou nesta sexta-feira (26) a Tailândia de intensificar os bombardeios nas áreas fronteiriças em disputa, no momento em que os países negociam o fim dos confrontos.
O conflito fronteiriço entre os países do sudeste asiático foi retomado em novembro. Os confrontos romperam uma trégua anterior e deixaram mais de 40 mortos. Quase um milhão de pessoas foram deslocadas.
O confronto envolve uma antiga disputa sobre a demarcação da fronteira de 800 km estabelecida na época colonial, além de uma série de templos antigos situados ao longo da zona limítrofe.
Os ministros da Defesa dos dois países têm uma reunião prevista para sábado, após três dias de negociações em um posto fronteiriço.
Mas o Ministério da Defesa do Camboja afirmou que o Exército tailandês bombardeou as áreas fronteiriças em disputa na província de Banteay Meanchey nesta sexta-feira.
“Entre 6h08 e 7h15, o Exército tailandês mobilizou caças F-16 para lançar até 40 bombas e intensificar o bombardeio na área do vilarejo de Chok Chey”, afirma a pasta em um comunicado.
A imprensa tailandesa, no entanto, informou que as forças cambojanas lançaram ataques durante a noite ao longo da fronteira na província de Sa Kaeo, onde várias residências foram atingidas pelos bombardeios.
Os dois países trocam acusações sobre a incitação de novos confrontos, que afetam quase todas as províncias ao longo da fronteira.
Estados Unidos, China e Malásia negociaram uma trégua para acabar com cinco dias de confrontos mortais em julho, mas o cessar-fogo durou pouco.
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