Como acontece em todos os anos, cambistas atuam livremente nos arredores do Sambódromo do Rio nesta primeira noite de desfiles das escolas do Grupo Especial. Em um carnaval em que os ingressos foram vendidos com maior dificuldade – a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa) culpou a crise econômica -, eles anunciam lugares nas arquibancadas por valores pouco mais caros do que os oficiais, ainda disponíveis no plantão de vendas da própria Sapucaí.

Um lugar no setor 6, que custa R$ 300, está saindo a R$ 350; no 11, que é R$ 220, está a R$ 250. Os cambistas estão aflitos e se posicionam já na saída da estação do metrô Praça Onze, perto das catracas. “Está difícil. Quando chegar mais perto da hora de começar, vou ter de baratear. Todo mundo anda duro”, reclamava um deles. Em uma distância de menos de 300 metros, entre o metrô e a entrada do setor 2, a reportagem contou mais de 30 cambistas anunciando suas vendas. Os desfiles começam às 21h15.

Neste domingo, 11, sairão a tradicional Império Serrano, que retorna ao grupo depois de oito anos na segunda divisão do carnaval, e que cantará as riquezas da China; a São Clemente, que homenageia os 200 anos da Escola Nacional de Belas Artes; a Vila Isabel, com enredo sobre o futuro; o Paraíso do Tuiuti, com a pergunta “Está extinta a escravidão?”; a Grande Rio, que montará o seu “Cassino do Chacrinha”; a Mangueira, com uma ode às manifestações culturais populares do Rio, e a Mocidade, atual campeã (com a Portela), que falará da Índia.


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