A Confederação Africana de Futebol (CAF) anunciou nesta sexta-feira que Camarões teve retirado o direito de sediar a próxima edição da Copa Africana de Nações, marcada para 2019, por causa de graves atrasos na preparação do país para receber o torneio e de uma violenta rebelião separatista nas proximidades de duas cidades que iriam receber o torneio.

A CAF tomou a decisão nesta sexta-feira, a tendo anunciado após a reunião dos membros do seu comitê executivo. E o presidente da CAF, Ahmad, explicou que um novo processo de definição da sede da Copa Africana de 2019, está aberto, com os países tendo até dezembro para apresentar suas candidaturas.

Marrocos, que foi derrotado pela candidatura conjunta de Estados Unidos, Canadá e México para organizar a Copa do Mundo de 2026, já é encarado na África como um substituto natural de Camarões. Outra possibilidade seria a África do Sul, que recebeu a Copa do Mundo de 2010.

Em setembro, a CAF explicitou a sua preocupação com a capacidade de Camarões em organizar a Copa Africana ao apontar um “atraso significativo” na construção de estádios e nas obras de infraestrutura. Mas deu a Camarões uma chance de receber o torneio se acelerasse as construções, tendo marcado mais duas visitas de inspeção para outubro.

Uma dessas visitas se deu para avaliar a situação de segurança após uma escalada de violência no sudoeste e noroeste do país entre separatistas de língua inglesa e forças governamentais, deixando dezenas de mortos, o que causou preocupações na CAF.

A próxima edição da Copa Africana é a primeira após a ampliação do número de participantes do torneio, de 16 para 24. O torneio estava marcado para o período entre 15 de junho e 13 de julho.

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