A sessão da Câmara aberta na manhã desta quarta-feira, 10, para votar os quatro destaques restantes do Projeto de Lei Complementar (PLP) 257, que trata da renegociação da dívidas dos Estados, foi suspensa e os deputados não conseguiram concluir a apreciação da matéria, cujo texto base já foi aprovado. Por falta de quórum, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), que presidia o colegiado, suspendeu a sessão.

Os deputados começaram a debater o tema cedo, mas não chegaram a um consenso para a votação dos quatro destaques que ficaram faltando. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou a presidir a sessão por um curto período, seguido pelo deputado Mansur, primeiro secretário da Câmara.

O receio do governo é ser derrotado na matéria com a falta de quórum na Casa. Enquanto o líder do governo, deputado André Moura (PSC-SE), falava a favor de obstrução, o painel do plenário marcava 204 deputados presentes. Nesse momento, Moura sugeriu retirar os destaques do projeto da dívida da pauta da Câmara de quarta-feira.

A sessão de terça de votação do texto acabou já na madrugada desta quarta-feira e representou uma derrota para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Ele precisou abrir mão do dispositivo que proibia a concessão de aumentos acima da inflação a servidores estaduais por dois anos, trecho do projeto que ele considerava “inegociável”.

Mansur abriu nova sessão para votar a Medida Provisória 722, que destina crédito extraordinário para publicidade e Jogos Olímpicos.