A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira, 26, um projeto de lei que concede o título de cidadão paulistano ao pastor André Valadão, líder da Convenção Batista da Lagoinha. O projeto foi proposto pelo vereador Rinaldi Digilio (União Brasil) em março de 2023. Nas redes sociais, o parlamentar celebrou o resultado.

O projeto, intitulado de PDL 19/2023, sugere que a honraria seja dada ao pastor pelos seus “relevantes serviços prestados ao município e a população brasileira”. Em seu Instagram, o vereador Digilio declarou que “para o delírio da esquerda”, a proposta foi aprovada com 39 votos favoráveis.

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Nas últimas semanas, André Valadão gerou polêmica após declarar que seus fiéis não deveriam colocar seus filhos na faculdade, sugerindo que as instituições de ensino os afastariam de Deus e transformariam meninas em “vagabundas”.

De acordo com o vereador Digilio, o pastor desenvolve um trabalho incrível, liderando um projeto com vítimas de abuso, tráfico humano e prostituição. “Eles resgatam essas meninas, muitas vezes menores de idade, tirando-as dessa vida e oferecendo esperança e oportunidade”, pontuou o parlamentar.

Histórico controverso

André Valadão coleciona polêmicas nas redes sociais. O pastor já foi acusado de sugerir a morte de pessoas da comunidade LGBTQIA+, o que causou o início de uma investigação por parte do MPF (Ministério Público Federal), no ano passado.

Além disso, o pastor, que se declara ex-apoiador de Bolsonaro, disse em fevereiro deste ano que deixaria Lula submerso durante batismo para “limpar com força”.

“Se eu batizaria o Lula? Batizaria… Mas eu deixava uns 30 segundos ali debaixo d’água, para dar uma limpada ali com força”, disse em vídeo publicado em seu perfil no Instagram.
Mais recentemente, Valadão causou polêmica ao criar uma “área vip” em cultos na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte (MG). A área é destinada a pessoas famosas.

Em resposta, o pastor disse que algumas pessoas precisam ficar separadas porque não conseguem viver uma “vida comum”.

“Na igreja ninguém é mais importante que ninguém, porém são inúmeras pessoas que, infelizmente, por razões pessoais e até mesmo públicas, não têm o privilégio de poder assentar onde querem e nem mesmo viver uma vida comum mais”, explicou.