A Câmara dos Deputados decidirá se mantém a prisão do deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ), preso sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março de 2018. O caso deve ir para votação em plenário entre esta terça-feira, 26, e quarta-feira, 27.

+ União Brasil expulsa Chiquinho Brazão por suspeita de mandar matar Marielle

À ISTOÉ, a assessoria do Plenário da Câmara informou que a pauta só deve ir para votação após decisão do Colégio de Líderes, que se reunirá nesta terça-feira.

Caso não ocorra uma definição até a tarde de terça-feira, a votação ficará para a próxima semana, visto que esta será mais curta por conta do feriado de Páscoa.

Para que a prisão de Brazão seja mantida, é preciso formar maioria na Câmara, ou seja, 257 votos.

Bolsonaristas não se comprometem com Brazão

Alguns parlamentares bolsonaristas disseram que ainda não definiram sobre como pretendem votar em plenário na Câmara.

A deputada federal Bia Kicis (PL-DF), afirmou que precisa analisar os “requisitos constitucionais” sobre o caso antes de decidir sobre o voto, pois, para ela, “parece que ele não poderia ser preso”.

Segundo a Polícia Federal, a prisão preventiva de Chiquinho Brazão, assim como de seu irmão Domingos Brazão e de Rivaldo Barbosa, ocorreu no domingo, 24, pois havia indícios de possível fuga do Brasil.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), disse que ainda está analisando e “não formou convencimento” sobre o voto.

Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), divulgou nas redes sociais um vídeo em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria associado a sua família a milicianos “responsáveis diretos pela morte de Marielle”.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse, por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), que “a polícia para ter dado passos importantes para solucionar a morte de Marielle Franco” e desejou que “a Justiça possa continuar com seu trabalho e que dê uma solução definitiva para o caso”.

*Com informações do Estadão Conteúdo