Câmara de BH aprova texto que torna Moraes ‘persona non grata’ na capital mineira

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Ministro Alexandre de Moraes durante julgamento do "núcleo 1" da trama golpista Foto: Antonio Augusto/STF

A Câmara Municipal de Belo Horizonte aprovou nesta segunda-feira, 8, um pedido que torna o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), “persona non grata” na capital mineira. A moção, de autoria do vereador Pablo Almeida (PL), foi movida em forma de protesto contra as “condutas” do magistrado.

Para Almeida, Moraes age como um “ditador” e é um “pária” por ter sido alvo da Lei Magnitsky, aplicada pelo governo de Donald Trump. Além da sanção dos EUA, o vereador também citou como motivo da moção o episódio em que o magistrado fez um gesto obsceno durante uma partida de futebol na Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

+ PlatôBR: Resposta de Moraes a Tarcísio virá no voto da sentença de Bolsonaro

+ Governo Trump volta a atacar Moraes e diz avaliar ‘novas medidas’ contra o Brasil

“O gesto, amplamente registrado e divulgado por veículos de imprensa e redes sociais, fere a moralidade, o decoro e o respeito que se exige de uma autoridade investida no mais alto cargo do Poder Judiciário brasileiro”, considerou o parlamentar.

Segundo Almeida, o fato de Moraes ser alvo da Lei Magnitsky comprova que o ministro fere os direitos humanos. “A aplicação dessa legislação, por parte do governo dos Estados Unidos, a um magistrado brasileiro deve ser encarada com seriedade, prudência e responsabilidade institucional, jamais com escárnio ou desdém, como evidenciado no episódio em questão”, escreveu o vereador na moção.

Ainda na segunda-feira, uma moção de apoio a Moraes elaborada por Pedro Rousseff (PT) foi rejeitada pelos parlamentares na Câmara Municipal de Belo Horizonte.