ROMA, 13 AGO (ANSA) – Os líderes de partidos do Parlamento italiano decidiram nesta terça-feira (13) que a proposta de reforma constitucional para reduzir o número de parlamentares será enviada à Câmara no próximo dia 22 de agosto. “Estou aqui com Francesco d’Uva, nosso líder de grupo na Câmara dos Deputados. Acabamos de enviar ao Presidente da Câmara, Roberto Fico, o nosso pedido para programar urgentemente a sessão para cortar os 345 parlamentares, com base no artigo 62 da Constituição”, escreveu no Facebook o vice-premier e ministro do Desenvolvimento Econômico, Luigi Di Maio. A decisão foi tomada depois da votação sobre o calendário da crise deflagrada no governo italiano. Na ocasião, o ministro do Interior, Matteo Salvini, do partido de extrema-direita Liga Norte, disse aceitar diminuir o Parlamento, projeto de lei apresentado pelo Movimento 5 Estrelas (M5S), desde que logo em seguida haja a convocação das eleições legislativas no país. “Ouvi meu amigo e colega Luigi Di Maio reiterar mais uma vez a necessidade de cortarmos o número de parlamentares para 345 e depois votarmos [a antecipação da eleição] imediatamente.   

Aproveito para propor essa opção: cortemos os parlamentares na próxima semana e depois votemos nas urnas”, propôs Salvini em seu discurso. Salvini era totalmente contra a diminuição do número de parlamentares na Itália. O aceno, inclusive, foi questionado pelos representantes do M5S no Senado, que, como sugestão, pediram para a Liga retirar a moção de desconfiança contra o premier italiano, Giuseppe Conte, que agravou a crise.   

O líder da extrema-direita, no entanto, recuou, o que fez os senadores adiarem a votação até a análise da proposta pelo M5S. “Eu quero dizer claramente: o corte de 345 parlamentares é um objetivo desta legislatura, antes ou depois da falta de confiança em Conte. Para nós, os parlamentares devem ser cortados”, ressaltou Di Maio ao deixar a Câmara dos Deputados. Por fim, Salvini ressaltou que o corte dos 345 parlamentares é uma promessa feita aos italianos e então, “por uma questão de dignidade, honestidade e coerência” é necessário ir “direto a uma votação”. (ANSA)


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