A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta quinta-feira (17) uma iniciativa para revogar uma lei de 2002 que autorizava o país a declarar guerra contra o Iraque de Saddam Hussein, uma decisão que enfrentará um futuro incerto no Senado.

O presidente democrata Joe Biden apoia a revogação dessa lei que autoriza o uso da força contra o Iraque e que foi promulgada pelo ex-presidente republicano George W. Bush em outubro de 2002, pois terá, segundo a Casa Branca, um “impacto mínimo” nas operações atuais.

A Câmara dos Representantes, com maioria democrata, aprovou a revogação da lei por 268 votos, incluindo 49 republicanos, contra 161.

Mas os democratas têm uma maioria muito estreita no Senado, onde se espera que a votação dessa mesma lei ocorra no final do ano. E o influente líder republicano na Câmara alta disse na quinta-feira que se opõe à revogação.

“As aplicações jurídicas e práticas” desta lei “vão muito além da derrota do regime de Saddam Hussein, e eliminá-la sem responder às verdadeiras questões sobre nossas operações em andamento na região é irresponsável”, disse Mitch McConnell.

O líder da maioria democrata na Câmara, Steny Hoyer, disse antes da votação de quinta-feira que as operações atuais no Iraque “estão sendo realizadas sob a lei de 2001, que autoriza o uso da força contra certos grupos terroristas”, e não a de 2002.

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Esse texto, promulgado logo após os ataques de 11 de setembro e inicialmente dirigido contra o movimento islamita Al Qaeda e seu líder, Osama Bin Laden, não limita a ação dos militares norte-americanos no tempo ou geograficamente.


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