A Federação Internacional de Judô (IJF) divulgou nesta quarta-feira o calendário de eventos de 2021, confirmando a realização de cinco Grand Slam e um Campeonato Mundial até Tóquio. Além disso, a programação de competições prevê também a realização dos continentais e de cinco Abertos.

Todas essas etapas serão classificatórias para os Jogos Olímpicos, distribuindo quase 10 mil pontos no ranking mundial. Os 18 melhores de cada categoria de peso ao final da corrida olímpica carimbam o passaporte para Tóquio.

Para os brasileiros, o novo calendário oferece mais oportunidades de pontuação. Alguns atletas se recuperam de lesões, enquanto outros buscam ser cabeças-de-chave nos Jogos ou ainda não estão dentro da zona de ranqueamento olímpico, como é o caso do peso leve feminino (57kg), que não poderá contar com a campeã olímpica Rafaela Silva, suspensa por doping. Em todas as outras 13 categorias, o Brasil tem representantes dentro da zona de classificação.

O fechamento do ranking olímpico será em 28 de junho, data em que serão conhecidos todos os classificados para os Jogos de Tóquio. E, de 24 a 31 de julho, eles lutarão pela glória olímpica na Nippon Budokan.

Para começar o ano, os melhores judocas do mundo se enfrentarão no World Masters de Doha, no Catar, a partir de 11 de janeiro. É a segunda competição mais importante na corrida olímpica em termos de pontos, valendo até 1.800 pontos, menos apenas do que o Mundial, previsto para junho, em Budapeste, que dá até 2.000 pontos no ranking.

É uma situação inédita no Judô a realização de um Campeonato Mundial no ano olímpico. Isso acontece porque o Mundial previsto para 2020 foi cancelado em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

Grand Prix ganham status de Grand Slam

Para valorizar ainda mais as etapas de 2021 e ofertar maior número de pontos aos atletas que ainda buscam a classificação olímpica, a FIJ fez um upgrade em etapas que, até então, eram Grand Prix (700 pontos). Com isso, as disputas de Tel Aviv (Israel), Tashkent (Usbequistão), Tbilisi (Geórgia) e Antalya (Turquia) receberam a chancela de Grand Slam e valerão até 1.000 pontos no ranking.

Além desses, o tradicional Grand Slam de Paris também está no calendário, sendo realocado de fevereiro para maio e promete ser o mais concorrido na véspera do Mundial.

Em nota, a Federação Internacional deixou aberta a possibilidade da fazer outros eventos ainda em 2021 até os Jogos.

“Estes são só os eventos confirmados. Ainda há espaço e tempo para mais, se a situação da saúde global melhorar”, projetou a entidade.

VEJA O CALENDÁRIO IJF 2021

11-13 Janeiro: World Masters – Doha/Catar – 1.800 pts

18-20 Fevereiro: Grand Slam – Tel Aviv/Israel – 1.000 pts

27-28 Fevereiro: Aberto Europeu – Praga/Rep. Tcheca – 100 pts

06-07 Março: Aberto Pan-Americano – Santiago/Chile – 100 pts

05-07 Março: Grand Slam – Tashkent/Usbequistão – 1.000 pts

13-14 Março: Aberto Pan-Americano – Lima/Peru – 100 pts

20-21 Março: Aberto Pan-Americano – TBC/Argentina – 100 pts

26-28 Março: Grand Slam – Tbilisi/Geórgia – 1.000 pts

01-03 Abril: Grand Slam – Antalya/Turquia – 1.000 pts

16-18 Abril: Campeonato Pan-Americano – Cordoba/Argentina – 700 pts

08-09 Maio: Grand Slam – Paris/França – 1.000 pts

06-13 Junho: Campeonato Mundial Individual e Equipes Mistas – Budapeste/Hungria – 2.000 pts

24-31 Julho: JOGOS OLÍMPICOS – TÓQUIO 2020