Caixão com corpo do papa Francisco é fechado no Vaticano

CIDADE DO VATICANO, 25 ABR (ANSA) – O caixão do papa Francisco, falecido na última segunda-feira (21), foi fechado nesta sexta (25) após um ritual na Basílica de São Pedro, no Vaticano.   

A cerimônia privada, que teve um formato mais simplificado por escolha do próprio Jorge Mario Bergoglio, foi presidida pelo atual camerlengo da Igreja Católica, cardeal Kevin Joseph Farell.   

O rito foi acompanhado por um pequeno grupo de pessoas, entre elas o arcebispo brasileiro dom Ilson de Jesus Montanari, vice-camerlengo da Santa Igreja Romana, e os cardeais Konrad Krajewski, chefe da Esmolaria Apostólica, e Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano.   

Alguns familiares do pontífice argentino, segundo a Santa Sé, também marcaram presença na cerimônia ocorrida na Basílica de São Pedro.   

“Caríssimos irmãos e irmãs, estamos aqui reunidos para realizar alguns atos de piedade humana, antes da Missa das Exéquias do nosso papa Francisco. Leremos a escritura que recorda a sua vida e as suas obras mais importantes, pelas quais damos graças a Deus Pai. Cobriremos o seu rosto com veneração, na esperança viva de que ele possa contemplar o rosto do Pai, juntamente com a Bem-Aventurada Virgem Maria e todos os Santos”, disse o celebrante em latim.   

Antes do caixão do pontífice ter sido fechado, o rosto de Francisco foi coberto por um véu de seda branca e água benta foi aspergida sobre o seu corpo.   

Além disso, um “saco de moedas” cunhadas durante o seu pontificado, bem como medalhas de prata e bronze que simbolizam os anos de serviço, foram depositadas dentro do caixão pelo camerlengo. Um tubo de metal com a escritura, elaborada pelo mestre de cerimônias, que narra a vida do Papa com seus feitos, também foi incluído no esquife.   

O documento, que foi lido durante o ritual, destacou que Francisco “deixou a todos um testemunho maravilhoso de humanidade, de vida santa e de paternidade universal”.   

“O ensinamento doutrinário do papa Francisco foi muito rico.   

Testemunha de um estilo sóbrio e humilde, fundado na abertura à obra missionária, na coragem apostólica e na misericórdia, atento a evitar o perigo da autorreferencialidade e da mundanidade espiritual na Igreja”, diz a escritura.   

A cerimônia foi finalizada com a leitura do Salmo 26 (27), conhecido pelo verso: “O Senhor é minha luz e salvação. A quem temerei?”. Na sequência, o caixão foi fechado e colocado em frente ao altar externo da Basílica, na Praça São Pedro, onde o cardeal Giovanni Battista Re celebrará a missa solene, marcada para às 10h (horário local), deste sábado (26). (ANSA).