A Caixa Econômica Federal pretende adotar taxas de juros prefixadas no financiamento da casa própria a partir de meados do ano que vem, segundo o presidente do banco, Pedro Guimarães. Essa ideia já estava sendo avaliada, mas a previsão era que acontecesse apenas no fim do governo de Jair Bolsonaro. O plano, porém, foi antecipado. A vantagem dos juros prefixados é acabar com o componente de incerteza do financiamento.

O lançamento dessa modalidade de crédito está condicionado ao sucesso da linha indexada ao IPCA, que aconteceu em agosto. Como o resultado superou as expectativas, vai ser possível antecipar o cronograma do crédito prefixado. A projeção era liberar R$ 10 bilhões de crédito atrelado à inflação no período de um ano. Mas esse valor foi atingido em 45 dias, disse Guimarães.

Para congelar os juros do financiamento, a Caixa vai recorrer à securitização de parte da carteira de crédito indexado ao IPCA. “Se conseguirmos securitizar, vender o crédito que a gente origina de maneira mais rápida, a gente lança mais rapidamente esse crédito imobiliário sem correção”, afirmou Guimarães, após participar de palestra na FGV, no Rio.

O presidente da Caixa informou também que, ao divulgar o resultado financeiro do terceiro trimestre, nos próximos dias, vai anunciar uma nova medida de cunho social. Mas não detalhou que medida será essa.

“Será relativo à devolução de resultados à sociedade. Então a gente tem que ver qual será o resultado e, se for muito bom, é importante devolver para a sociedade”, afirmou, acrescentando que o banco está preocupado com a inadimplência. Ele não informou, porém, se a ideia é utilizar parte do lucro em um programa de redução do endividamento.

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