A Caixa Econômica Federal afastou o gerente da agência no centro de Salvador onde o microempresário Crispim Terral, de 34 anos, foi imobilizado por policiais militares e acusou o gerente de racismo. Em nota, a Caixa anunciou o afastamento do funcionário e abriu sindicância interna para apurar o caso. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

“A Caixa prima pelo respeito à diversidade de raça, origem, etnia, gênero, cor, idade, classe social ou qualquer tipo de diferença entre as pessoas”, afirmou o banco. Na terça-feira (26), porém, a Caixa havia informado que não havia identificado atitudes de cunho discriminatório de seus empregados ou colaboradores.

Crispim Terral esteve na agência da Caixa, localizada no centro de Salvador, na última terça-feira (19). Ele alega que foi resolver uma pendência acompanhado de sua filha de 15 anos e que foi tratado com indiferença pelos funcionários do banco, chegando a ficar mais de quatro horas esperando para ser atendido pelo gerente. Ao questionar a demora, o gerente acionou a polícia para retirá-lo à força do local.

O cliente ainda foi agredido pelos policiais militares e sofreu um ‘mata-leão’, sendo imobilizado pelo pescoço. Crispim, então, protestou nas redes sociais e o caso ganhou enorme repercussão na internet. Pessoas chegaram a protestar na agência bancária na terça-feira (26) e entidades do movimento negro anunciaram que vão ingressar com uma representação no Ministério Público da Bahia.