Na queda de braço com os empresários da indústria pelos R$ 18 bilhões do Sistema S, o ministro da Economia, Paulo Guedes, escolheu um aliado enrolado com a Justiça e o MPF para assessorá-lo no Serviço Social da Indústria (Sesi). Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), foi alçado ao poderoso cargo de presidente do Conselho Nacional do Sesi por Guedes no começo deste ano e está auxiliando-o no corte de até 50% das verbas, essenciais para o andamento de importantes projetos. O problema é que integrantes da Força Tarefa da Lava Jato no Rio de Janeiro, que investigam práticas de corrupção, andam intrigados com as movimentações patrimoniais atípicas feitas por Eduardo Eugênio.

Ocultação

Desde que seu nome foi ventilado numa das delações de executivos de empreiteiras envolvidas na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), Eduardo Eugênio passou uma série de procurações dando plenos poderes a integrantes da família para negociarem bens móveis, imóveis e valores de forma geral. Todos de altos valores.

Suspeitas

O longevo presidente da Firjan, Eduardo Eugênio, também fez doações de imóveis para familiares. Tudo registrado em cartório. Essas movimentações estão levantando suspeitas por parte dos membros da Lava Jato. Eles querem saber por que as transações tiveram início pouco antes da prisão do ex-governador Sérgio Cabral, em 2016. Uma coincidência?

Novo ministro

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Lúcio Távora

O atual secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Alexandre Baldy, pode ser o futuro ministro das Cidades do governo Bolsonaro, caso o ministério seja recriado com a reforma administrativa que está em discussão no Congresso. Ele, que já foi ministro da pasta no governo de Michel Temer, deve ser apadrinhado pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O “Centrão” também fatura com a escolha.

Rápidas

* O Novo está conversando com deputados insatisfeitos no PSL e no PR com o objetivo de levá-los para o partido presidido por João Amoêdo, assim que abrir a nova janela partidária. O Novo, que tem oito deputados, pode ganhar outros dez.

* Policiais federais estão articulando um protesto para a próxima terça-feira 21, na Esplanada dos Ministérios, contra a reforma da Previdência. Os policiais, que hoje se aposentam com 20 anos de carreira, terão que se aposentar com 55 de idade.

* Para reduzir os efeitos do desemprego em São Paulo, o governador João Doria vai ao Japão em setembro atrás de novos investimentos da Toyota nas três fábricas paulistas: em São Bernardo do Campo, Indaiatuba e Sorocaba.

* Na fábrica de Indaiatuba, a montadora japonesa produzirá o novo Prius, carro híbrido, com motor elétrico e a gasolina. A montadora deve investir R$ 1 bilhão na unidade, com estímulos do IncentAuto.

Retrato falado

“Se a criança estiver acompanhada pelo pai e quiser aprender a atirar, eu não sou contra” (Crédito:Mateus Bonomi/Agif/Folhapress)

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, continua dando seus pitacos na política de costumes do governo Bolsonaro e também fora desse âmbito. Ao endossar a proposta do presidente, que defende que crianças e adolescentes aprendam a atirar para a prática esportiva, a ministra disse que é a favor, desde que os jovens estejam acompanhados pelo pai ou pela mãe. Antes, era preciso uma autorização judicial. Agora liberou geral.

Acertou na loteria

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, acaba de ganhar na loteria. É que o presidente Jair Bolsonaro disse no domingo 12, à Rádio Bandeirantes, que vai nomeá-lo para a “primeira vaga que tiver” no Supremo Tribunal Federal (STF). E isso vai acontecer em novembro do ano que vem, com a saída do ministro Celso de Mello, que vai se aposentar ao completar 75 anos. Em entrevista a um jornal português há 15 dias, Moro afirmou que ser nomeado para o STF seria a mesma coisa que ganhar na loteria. É que como ele tem 46 anos, vai ter emprego garantido pelo menos até completar 75 anos. O salário não é nada mal: R$ 39,7 mil por mês.

Queda na violência


O ministro disse à ISTOÉ que, mais do que a indicação para o STF, deseja fazer um bom trabalho. E comemora o fato da violência ter caído no primeiro trimestre, período em que está à frente do ministério. Nos primeiros três meses de 2019, ocorreram 10.324 assassinatos, contra 13.552 do mesmo período de 2018.

Toma lá dá cá

Deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP)

O senhor acha que a reforma da Previdência ficará abaixo de R$ 1 trilhão?
A reforma vai sofrer modificações. Acho difícil que o governo consiga mudar as regras atuais do BPC, dos rurais e dos professores. A capitalização também não passa de jeito nenhum.

Tirando isso, o seu partido está disposto a aprová-la?
Sim. Os trabalhadores não têm força para derrotar a reforma. Por isso, vamos reformar a reforma. Queremos a idade mínima de 62 anos para homens e 59 para as mulheres, entre outras coisas.

E quanto aos estados e municípios?
Será difícil o governo aprovar a reforma para os estados e municípios. Muitos parlamentares não querem sofrer esse desgaste sozinhos, já que governadores e prefeitos estão contra.

Crime orçamentário?

Divulgação

O senador Álvaro Dias (Pode-PR) alerta que o governo está perto de cometer crime orçamentário, inclusive ameaçando a “regra de ouro”, dispositivo previsto na Constituição que proíbe que o governo de aumentar a dívida para pagar gastos de pessoal e Previdência. Quando um governo desrespeita essa regra, está susceptível a sofrer processo de impeachment.

Paralisia da máquina

Com a advertência feita pelo senador, o governo pediu uma suplementação de R$ 248 bilhões para o pagamentos do BPC, por exemplo. Se essa suplementação não for aprovada até o final de junho, o governo cometerá um crime ou vai ter que fazer cortes que acabarão paralisando setores essenciais da máquina pública.

Sucessão no PSDB


Rafael da Luz Vicente

No próximo dia 30, acontecerá a Convenção Nacional do PSDB, em Brasília, que elegerá a nova Executiva do partido, incluindo o novo presidente nacional dos tucanos. O ex-ministro das Cidades no governo Temer, Bruno Araújo, deverá vencer e assumir o cargo, atualmente nas mãos do ex-governador paulista Geraldo Alckmin. Novos ares no PSDB.

 


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