CAIRO, 1 NOV (ANSA) – Após mais de duas décadas de espera, o Grande Museu Egípcio (GEM) foi inaugurado neste sábado (1º), no Cairo. Com mais de 100 mil artefatos do Antigo Egito, a instituição reúne a maior coleção do mundo dedicada a uma única civilização.
“Como cidadão egípcio, muito antes de ser chefe do governo do país, estou feliz e orgulhoso porque hoje estamos testemunhando um evento único e excepcional”, afirmou o primeiro-ministro Mostafa Madbouly na cerimônia de abertura do GEM, que contou com a presença de diversos chefes de Estado e outras autoridades, entre elas, o ministro da Cultura da Itália, Alessandro Giuli.
O premiê explicou que a construção do museu foi idealizada em 2002, tendo sido “interrompida várias vezes por desorganização, guerras e pandemia” e que a maior parte do empreendimento, que custou U$S 1,2 bilhão, foi realizada “nos últimos sete ou oito anos”.
Nas 12 galerias do GEM estão tesouros do jovem faraó Tutankhamon, como sua famosa máscara de ouro, além de mais de 5,3 mil artefatos ligados ao seu nome.
O novo museu abriga uma coleção de objetos egípcios que datam de vários períodos da civilização, indo do pré-dinástico até o Egito copta, com um total estimado de mais de 100 mil itens, dos quais pelo menos 20 mil estão em exibição pela primeira vez.
Entre os objetos inéditos, estão o segundo barco solar de Quéops, a coleção da rainha Heteferés (mãe de Quéops), além de um acervo de Yuia e Tuiu, pais da rainha Tiy. Este último tem alguns objetos em exibição na mostra “Os Tesouros dos Faraós”, em cartaz em Roma, na Itália, no palácio Scuderie del Quirinale até 3 de maio de 2026. (ANSA).