O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), anunciou neste domingo, 5, que a Executiva Nacional de seu partido se reunirá na quarta-feira para decidir sobre a expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, da legenda. Segundo Caiado, esse processo acontece por “reiterada infidelidade partidária”.
Após tratativas com o Presidente Antonio de Rueda, comunico que está decidida a realização, na próxima quarta-feira, dia 08/10, de Reunião da Executiva Nacional do União Brasil para decidir a expulsão do Deputado Celso Sabino por reiterada infidelidade partidária.
Na ocasião,…
— Ronaldo Caiado (@ronaldocaiado) October 5, 2025
O governador afirmou, ainda, que o partido decidirá sobre a dissolução do diretório estadual do Pará do União Brasil, que atualmente é comandado por Sabino. O objetivo é colocar no lugar alguém que se posicione contra o governo do presidente Lula (PT).
“Na ocasião, também decidiremos a dissolução do Diretório do Pará, com a consequente reestruturação do partido nos municípios daquele Estado, a fim de que o União Brasil seja comandando por quem realmente se posiciona contra o Governo do PT e luta contra a venezuelização do nosso país”, completou.

Ronaldo Caiado, governador de Goiás, defende saída do União Brasil do governo Lula
Lula, Sabino e União Brasil: a história de uma crise
Sabino continua como ministro do Turismo apesar da ordem da cúpula do União Brasil para que todos os filiados à legenda entreguem seus cargos na gestão petista, dada no início de setembro.
Atendendendo à determinação partidária, o ministro chegou a entregar seu pedido de demissão a Lula, mas combinou de só deixar o posto depois de uma viagem ao Pará com o presidente. Nos últimos dias, porém, tem relatado a aliados o desejo de permanecer na Esplanada.
Além de Sabino, a legenda tem relações diretas com os ministérios das Comunicações (Frederico Siqueira Filho) e da Integração Regional (Waldez Góes), cujos chefes foram indicados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), mas não são filiados.
Desde que se federou ao PP, no entanto, as posições de suas principais lideranças vão no sentido de firmar espaço na oposição e preparar o terreno para lançar uma candidatura presidencial contra o projeto de reeleição de Lula.
O nome predileto do grupo era o do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), mas o próprio Caiado lançou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto. Em entrevista à IstoÉ, defendeu que o União Brasil “nunca deveria” ter ocupado ministérios de Lula.
*Com informações de Estadão Conteúdo