Jaqueira produz jaca. Goiabeira, goiaba – exceto a da Damares, que produz divindades. Jair Bolsonaro, o verdugo do Planalto, produz Flávio Rachadinha, Eduardo Bananinha e Carlos Carlucho.

Produz, também, 300 mil mortos por Covid-19 e 4 mil casos diários da doença; e falta de vacinas e de oxigênio hospitalar. Produz gasolina a R$ 5 o litro, dólar a R$ 6 cada e carne de segunda a R$ 40 o quilo.

Mas o amigão do Queiroz é capaz de ainda mais: produzir ministérios minuciosamente à sua imagem e semelhança. Senão, vejamos:

Marcos Pontes, que anunciou a cura da Covid. Abraham Weintraub, o maluco que substituiu o não menos maluco Ricardo Vélez. Ricardo Salles, o da boiada. Damares Alvez, que encontrou Jesus na Goiabeira. Eduardo Pazuello, o general-fantoche. Onyx Lorenzoni, que descobriu que insetos disseminam coronavírus. Marcelo Álvaro Antônio, do laranjal do PSL. Osmar Terra, o gênio da imunidade de rebanho.

O desgoverno Bolsonaro é tão ruim, mas tão ruim, que o super ministro Paulo Guedes, sem fazer absolutamente nada, é considerado seu esteio. E o ministro Tarcísio Freitas, um herói nacional, simplesmente porque termina obras inacabadas. Sem falar, é claro, na ministra do boi-bombeiro, Tereza Cristina. Os três são considerados “ótimos ministros”. Por quê? Porque ao menos são pessoas “normais”.

Hoje, segunda-feira (29), para a surpresa de ninguém, caiu o aloprado Ernesto Araújo, o pior e mais danoso ministro das Relações Exteriores que o Brasil já teve. Um energúmeno que conseguiu a proeza de isolar o País e comemorar o fato de termos nos tornado um pária internacional. Um gênio da diplomacia que “tretou” com a China (simplesmente o nosso maior parceiro comercial), com os Estados Unidos (o segundo maior), com a Argentina (o quarto) e com toda a União Europeia.

O Brasil possui uma sólida e honrada tradição na diplomacia. Nomes como José Bonifácio, Aureliano Coutinho, Quintino Bocaiuva, Nilo Peçanha, Horácio Lafer, Afonso Arinos, Celso Lafer, Francisco Rezek, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Felipe Lampreia, José Serra dentre tantos outros gigantes não estão citados aqui, não merecem Ernesto Araújo, ao seu lado, na história diplomática brasileira.

O “olavete” é apenas mais um bolsonarista, valentão de redes sociais, que não resiste a um simples sopro de legalidade, e cai como jaca madura. Foi assim com Weintraub, que se picou “correndinho” com medo de ser preso; com o secretário de Cultura, o “nazistinha de merda”, Roberto Alvim, e com o deputado brutamontes do PSL, que viu o sol nascer quadrado.

E será assim com absolutamente todos os trogloditas que o maridão da “Micheque” insistir em empoderar. Inclusive, o próximo já tem nome e sobrenome; Felipe Martins, que fez gestos de cunho racista em plena sessão do Senado Federal.

É o tal do “diga-me com quem andas”. Esse tipo de traste está para Jair Bolsonaro como Jair Bolsonaro está para ele. Mas enquanto houver um mínimo de decência, democracia e legalidade em Banânia, essa gente não terá uma vida fácil.

Por ora, o Itamaraty se livra do maior pestilento que já habitou tão prestigiada instituição secular. Esperar algo melhor é besteira, já que no outro palácio, o do Planalto, atua um nefando ainda pior. Aguardemos, pois, o nome da próxima besta-fera.